Sentada na balaustrada, cheirava a flores a entrada, a entrada na sua vida.
A menina de olhos pretos namorava o azul do céu e a espuma branca do mar. O perfume das mimosas alternava com o das rosas, mas distinto, definido por um cheiro intenso a maresia no ar.
Lá dentro, da porta para dentro, vinham-lhe os sons do seu passado, lá fora segredados pelo vento vinham-lhe os sons do seus futuro, no degrau da balaustrada, quieta, sentada, ela saboreava o silêncio do seu presente.
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
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8 comentários:
Sabe a fábula... quero mais;)
Beijinhos iniciais***
O presente é sempre o silêncio entre o passado e o futuro, por vezes tão comprimido que nos desperta a dor.
Estamos numa fase contemplativa?
Pelo menos para mim, as exaltações criativas vêm sobretudo de flutuações emocionais. Tanto as boas como as más. Se fôr assim contigo, espero que esta tua fase de proliferação literária seja fruto da alegria e do contentamento.
São os patamares da vida minha amiga.
Tem prémios, que penso já sabe, à sua espera no meu espaço
Desejo uma boa semana.
José Gonçalves
Feitixeira,
E porque não pegar e neste começo e continuar ;)
António,
Um bocadinho, nota-se?
E porque não pega nisto e continua, posso lançar-lhe esse desafio ou é pedir muito?
Kripp,
Alegria e contentamento com certeza. Olha como tu não escreves podes fazer um desenho giro, apartir deste inicio, boa? ;)
José hoje trato dos prémios que já agradeci no seu blog, e já agora fica o desafio a si também :)
Estou a tratar de uma promessa antiga...
Joaninha,
Infelizmente a minha disponibilidade está em quarto minguante até ao fim do mês... se puderes esperar pelo quarto crescente de tempo, então lançarei um fio de lua para agarrar no teu texto como ele merece.
Beijinhos intemporais***
Feiticeira,
O desafio não tem prazo, é para responder quando quizer e a inspiração deixar.
Fico a aguardar os seus pós magicos ;)
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