quarta-feira, 23 de maio de 2012

Pai


Dez coisas que aprendi contigo:

1 - Não há pessoas sem defeitos. Todos os temos, sem qualquer excepção.
Há sim pessoas que dão tanto de si, dão tanto à vida, aos outros, ao mundo, pedindo tão pouco de volta, que os seus defeitos se esfumam no meio da sua condição de seres predominantemente virtuosos;

2 - Não há pessoas desprovidas de qualidades. Todos as temos, sem qualquer excepção.
Há sim pessoas, que absorvem tanto, à vida, aos outros, ao mundo, dando tão pouco de volta, que as suas virtudes se esfumam no meio da sua condição de seres predominantemente desvirtuados;

3 - Não se enganem, o equilíbrio entre dar e receber é utópico, não se atingirá nunca. São conceitos abstractos, incontáveis, imedíveis. Não cabem em pratos de balança ou equações matemáticas;

4 - Há que dar tudo, só vivemos se nos dermos num todo à vida, só somos se nos dermos aos outros, só perduramos se nos dermos ao mundo. Há que saber receber, só recebendo da vida, dos outros e do mundo poderemos construir-nos, aprendendo e amadurecendo.

5 – Dar é extraordinariamente gratificante;

6 – Receber é extraordinariamente estimulante;
 
7 – Vive-se melhor de braços abertos e sem medo do medo. Sofre mais quem por medo não vive, do quem vive intensamente consciente do seu medo.

9 – Não existem pessoas invencíveis, todos, mas todos temos fraquezas. O que torna os mais fortes aparentemente invencíveis é o facto de conhecerem e aceitarem as suas fragilidades.

10 – Chorar é apanágio dos fortes.

Por estes de simples ensinamento e por todos os outros que aqui não cabem, estou-te imensamente grata.