quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Pai

Na proa do seu navio nóz ele olhava desesperado, procurando um sinal de terra. Estava há dias perdido no mar, passando por tempestades e tormentas. Tinha fome, sede e dores por todo corpo.
À medida que a pequena casca de nóz em que viajava era sacudida pelas ondas, a sua confiança num final feliz sofria os mesmos abalos.
Não se via nada, o nevoeiro era espesso como um manto de lã e o mar subia e descia, mas não acabava, enorme, monstruoso, abissal. Se caísse nunca ninguém o encontraria, se caísse não conseguiria voltar e cair seria quase uma bênção.
As vozes vinham de todos os lados, chamavam de todas as direcções e ele apontava a proa da sua noz em todos os sentidos, mas não conseguia chegar a lado nenhum, quando parecia estar perto descobria que afinal estava muito longe.
-Vem por aqui, por aqui
Não conseguia seguir um rumo pois o vento soprava desgovernado, porque a sua cabeça não conseguia discernir um caminho. Porque as opções eram muitas, eram tantas como as ondas, tantas como as estrelas.
Lutou com as forças que tinha para se manter á tona, mas a luta contra o mar revolto é quase tão ingrata como a luta contra os ventos desgovernados.
O seu corpo cedeu ao cansaço e a sua alma ficou á deriva, flutuando de um lado para o outro ao sabor de um vento forte, atraída pelo canto enganador das sereias afastando-a para muito, muito longe.
Passeou por entre as estrelas e galáxias afastando-se do mundo, não queria voltar porque não tinha força para enfrentar a solidão da casca de noz.
Foi então, no meio da imensidão daquele espaço, que o ouviu. Ele chamou baixinho para não o assustar. Tremia ao fundo um luz fraquinha, não mais que uma chama de vela que teima em ficar acesa mesmo no meio da ventania.
Toda aquela imensidão era um bom sitio para se esconder. Ali estava protegido, das vagas, das rajadas, do nevoeiro e dos cantos das sereias.
hesitou, olhou a sua volta....
Mas alguém lhe estendeu a mão e sem saber como estava de volta á sua casca de nóz. Agora o mar estava calmo, e o vento soprava ligeiro e certo, rumo ao farol que era aquela mão estendida, aquele sorriso doce, aquela voz macia e tão familiar.
Não fosse isso e ter-se-ia perdido para sempre.
Quando atracou descobriu uma ilha, nessa ilha um castelo e nesse castelo um par de mãos fortes que seguravam ternamente a pequena vela que o trouxe de volta.
Descansou a cabeça no colo daquele homem grande, e ouviu da sua boca as palavras de conforto, de coragem e de sabedoria de quem já fez grande parte da viagem, de quem sabe bem o que poderá estar escondido por detrás da mais brilhante das galáxias.
A sua viagem não acabava ali, isso ele sabia, e ninguém a faria por ele, também já sabia, mas agora já não estava sozinho e sabia que aqueles braços fortes o acolheriam sempre que o seu corpo cedesse ao cansaço da luta. E que aquela chama estaria sempre ali quando a sua alma se perdesse na vastidão dos seus pensamentos.

segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Já não se pode com o frio


Estou a ficar farta destas temperaturas glaciares!!!
Tenho os pés sempre gelados, as mão geladas, o nariz vermelho, e ando sempre toda entrapada, parece que vivo na Sibéria,
Já estou com saudades das temperaturas invernais de Lisboa, os belos dos 15 e 16 ºC que são o suficiente para uma camisola mais quentinha e um casaco, mas não obrigam a 2 camisolas interiores, colans, camisola de malha, casaco de lã, sobretudo daqueles mesmo quentes, luvas e gorro, ar condicionado no maximo e outras coisas que tal.
Enfim, frio é bom nas férias da neve, agora para trabalhar.....Não dá!!!
Maldito seja o aquecimento ou arrefecimento global.
Esta fotografia foi "FANADA" do blog freeinspiration.blogspot.com (que, by the way, é da familia) que tem fotos dignas de ver!
.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

As crianças de hoje

Esta história aconteceu ao meu amigo Krippmeister, é adorável!!

Um belo dia, estavam os sobrinhos a brincar e chegam ao pé dele e dizem:
-Isto é uma arma que te vai deixar paralisado!!. - apontando um marcador, o krippmeister cai imediatamente imobilizado.
De seguida o sobrinho seguinte diz para o tio, que está devidamente imobilizado:
-Isto é uma arma que te vai matar!!!
E o Kripp faz aquela cara de pateta que todos os tios fazem antes de “morrerem” e dá-se como morto.
Os dois catraios cheio de felicidade correm para junto da avó e exclamam:
-Avó, Avó matamos o teu filho!!!
E isto são as crianças de hoje

:-)))))

domingo, 21 de janeiro de 2007

Erotismo no Mário Kart


Ora aqui estão mensagem subliminares que se passam nos violentos jogos de Mário kart na Mrnet.
-Levas-te com um nuckzinho - (arma nuclear com direito a nuvem em forma de cogumelo e tudo, destinada a tirar de prova o infeliz que vai em primeiro lugar)
-Tenho o rabinho a arder (provocado por umas bombas muito irritantes que largam umas chaminhas que pegam fogo ao rabinho do carro)
- Levo com 3 e quatro por corrida - (Nuckzinhos tá-se a ver)
-Encostou-o á parede com á força - (ao adversário)
- Quem é que me anda a lamber?? (É que há um boneco que lambe os adversários, é verdade não tenho culpa!)
-Quem é que deixou aqui este bananão enorme (bananas gigantescas que fazem o carro sair de pista)
-já descobri como é que se apanha aquela coisa no meio das pernas do dinossauro. (é verdade há umas prendinhas do meio das pernas do dino!)
E outras pérolas que vão surgindo durante os jogos, a verdade é que são tantas que é impossível lembrar-me de todas, estas são as mais famosas.
Com isto chegamos á conclusão que o Mário kart devia ser só para maiores de 18 anos. Convém advertir que nem todas estas jóias foram ditas aqui pela gira, são fruto da imaginação de toda a equipa que diariamente fica com os polegares em sangue agarradiços ao comando da game cube, entre as quais terei de me incluir talvez como a mais fanática, mas não a mais prolífica.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

blog artistico-comico

Vale a pena uma visitinha, é de rir e os desenhos são bons!!!
www.krippart.blogspot.com

quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

A arte de fazer ronrom


Fiquei a saber que há quem não saiba que nós também fazemos ronrom
Passo a explicar como:
Antes de mais é imperioso uma manta, uma mantinha quentinha daquelas de lã.
Depois um bom sofá, uma sala porreira, quentinha, se tiver lareira ainda melhor.
Depois já se está mesmo a ver, deitadinha no sofá enroladíssima na manta, com a televisão a passar uma M*** qualquer. Os olhos abrem e fecham, dá-se um jeitinho à manta , dois minutos de atenção à televisão e mais 15 a dormitar.
Um chá quentinho também ajuda. No entanto obriga a alguma actividade extra, realmente importante é a manta e o sofá.
Assim se passa uma tarde inteira, ronronando e passando pelas brasas.
Alguns acessórios ajudam muito, como um cão ou um gato que partilhe do gosto pelo não fazer nenhum, um marido compreensivo que faça o chá e as torradas enquanto nós “ronronamos” deliciadas no sofá. Enfim...
Sei que há outras pessoas que levam esta arte tão seriamente como eu...Não é Rosita??
Agora fica explicado para todos aqueles que me olham com um ar atravessado cada vez que eu digo que quero ir para casa fazer ronrom!

terça-feira, 16 de janeiro de 2007

Dogo


Continuando a apresentação da bicharada da familia....
Este é o Dogo.
Um cão de raça perigosa (dogo argentino) muito perigoso. Em particular para aqueles que tem problemas com lambidelas interminaveis e tentativas (ainda que falhadas devido ao seu tamanho) de se deitar ao colinho. É que o Dogo, feroz como só ele, sofre de um complexo de caniche!
"Eu sou tão pequenino" deve ser aquilo que mais cruza aquela cabecinha!
Prova a teoria que "o cão é 10% raça e 90% dono", e podemos dizer que o dono (e dona) estão de parabéns!

Calorias

Uma prima mandou E-mail com esta frase. Não sei de quem é, mas é realmente fascinante:

"As calorias são pequenos animais que vivem nos roupeiros e que, durante a noite, apertam a roupa das pessoas.

Será??

Aqui fica para comentarem!

quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

A matilde vai de viagem




A Matilde vai embora amanhã para a sua nova casinha. Vai ter com a dona e com o Bigu, vou ter muitas, muitas, saudades.
As fotografias estavam muito escuras e foram tiradas com telemovel, mas o Bruno K (mestre do fotoshop) conseguiu melhora-las bastante.
Muito obrigada Bruno!

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

A Professora Drª.

Sentada na poltrona do seu espaçoso gabinete situado no coração do bairro alto, a Professora Drª., de ar confiante e sereno, com traços finos e elegantes, nova, mas com uma sabedoria especial no olhar, ouve os seus doentes com calma. Os seus doente deprimidos, nervosos, neuróticos e ansiosos, afectados por todos tipos de doenças daqueles que moram numa cidade doente. Numa cidade, inserida numa sociedade, que consome a nossa auto estima, a nossa capacidade de reagir positivamente e sem medo aos desafios que a vida nos atira à cara todos os dias. Ela ouve, conversa, e toma notas pequeninas naquela ficha misteriosa que todos os doentes gostariam de ler, não de relance, mas com atenção.
No fim, os doentes saem de lá mais calmos, mais serenos, com menos medo, e no entanto foi apenas uma conversa tranquila, informal, mas o truque está, não no conteúdo da conversa, mas com quem a acabamos de ter.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

A Matilde


Aqui está ela.
A nossa Matilde (Sabrina para os amigos da UZ)!
A Matilde está a adaptar-se bem a casinha (ainda que temporaria) em Lisboa. É muito traquina, mas dorme sossegada e não ladra quando fica sozinha. A bolinha e o osso têm impedido estragos maiores pela casa. Adora a sua caminha, as festinhas e acima de tudo o sofá!!
Devo dizer que estou fascinada com esta bichaninha, é muito, muito, doida, mas muito, muito doce. Se não soubesse o quanto ela vai crescer, tenho a impressão que o Bagulho teria de arranjar outra companhia!!

sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

Os azevinhos.


O azevinho no Bastidal!
Ainda é pequenino, veio de Paços, mas cresce a olhos visto, sobre os cuidados carinhosos do meu sogro.
No vaso de terra onde este veio, cresceram mais dois, fruto de sementes que, naquela terra boa e regados com muitos cuidados germinaram.
Em Paços as arvores são muito grandes e majestosas, tenho em crer que este pequeno também o vai ser.
Umas das primas ofereceu mais um no Natal. Daqui a uns anos vamos ter tudo ainda mais catita, cheio de raminhos de azevinho para os arranjos da mesa da consoada.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

O Xico Xicote


O Xico Xicote é o cão da mana Ana!
É o cão mais esperto que eu conheço e joga a bola como nenhum outro.
É doce, meiguinho e a melhor coisa que lhe podem dar é uma bola e então se tiver uma criança nas redondezas ele brinca até lhe sangrarem as almofadinhas das patas.
É mais um bichano da familia!

O Thor!


O Thor é o mais recente bichano da familia.
Mais um abandonado ao pé da quinta, encontrado pelo Francisco, Raquel e Tio Tó e foi morar com os meus sogros.
O destino dele foi incerto durante um tempo......
Mas a Nê ganhou a batalha e o Thor agora, esta crescido, bonito e muito, muito brincalhão.
É um gatinho muito feliz!
Parabens a Nê que gosta tanto do seu miau!

quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

Marte

Este é o Marte.
O Marte é um gatinho com sorte. Foi encontrado perto da quinta, sózinho sem a mãe e com uma grande ferida no olho. Era tão pequenino que cabia na palma da minha mão. As primas tomaram conta dele eu ajudei e a tia Ana (médica de formação) tratou do olhinho.
O Marte agora é um gatão, vê bem dos dois olhos e é muito meigo e curioso, um verdadeiro felino.
A Rosinha ficou com ele e que bom que tem sido para os dois!

terça-feira, 2 de janeiro de 2007

Mais uma estrelinha no céu

Não posso deixar de mandar um grande beijinho para a minha tia Annie e para o meu amigo André.
O belo Woody de pelo louro e nariz molhado é mais uma estrelinha no céu.
Vou lembrar-me sempre dele a pedir festinhas pondo com jeitinho a cabeça debaixo da minha mão.
Era verdadeiramente um doce de cão.

Eu e o Bigu!




Desejamos um ano de 2007 cheio de coisas boas!!!