quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Toca a aliviar o stress

Divirtam-se :)
Comigo resultou muito bem.

Carregue aqui e descarregue o seu stress.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

O centenário do avô


(Jardim botânico do Palácio da Ajuda, recuperado pelo Professor depois de um furação em 1941)


Este fim de semana celebrou-se o centenário do meu avô, Prof. Francisco Caldeira Cabral.
Fiquei comovida com a presença dos seus alunos, Arquitecto Ribeiro Telles, Arquitecto Paulo Dentinho e todos os outros, ali estavam, apesar da idade, apesar do cansaço para condignamente celebrar o centenário do nascimento do seu mestre, que sem dúvida os marcou muito para alem da arquitectura. O lado humano do avô, do pai, do professor, estava ali, presente em todos aqueles que com ele privaram mais de perto. Todos eles o mencionaram, alunos, amigos, colegas de trabalho.
Ouvi histórias que nunca tinha ouvido, contadas por aqueles que trabalharam com ele, sobre o seu trabalho, sobre as suas viagens.
Ficou-me a história das pesetas e dos pobres de Madrid.

O avô era assim.

Quando, depois de ter dado 1 peseta a cada pobre que viu na rua, a sua aluna lhe perguntou, “e agora professor?
Ele sorriu e disse – Não te preocupes, o que não temos, não nos faz falta.

Estavam os filhos todos, todos eles dignos representantes daquele grande homem. Uma família unida pelo amor incondicional que aprenderam do pai, e que também pelo pai se manterá unida sempre.

Fui comovente, e encheu-me a alma.
Eu por mim digo, foi uma honra os anos em que pode conviver com ele, é uma honra conviver de perto com os seus filhos e é uma honra enorme ser sua neta.

Como dizia um dos seus alunos, era um homem luminoso, e homens como estes não devem, jamais, ser esquecidos.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Fim de Semana

Neste dia sexto, cansada da guerra tão longa e crua, me deito entre os lençóis de linho branco, sentindo encostada ao teu peito, o som profundo inspirado.
Noite, em que os meus olhos pesam tanto, e o corpo se queixa num lamento doloroso, aqueço-o parasitando o calor que irradias.
Obrigada amor, por me quereres e por eu te querer tanto, porque sem tanto querer como aquele que por ti tenho, dificilmente resistiria.
Adormeço, já sabendo que segunda guerreio de novo os monstro volumes do tal de direito. Mas agora meu bem, aninho o meu cansaço no regaço do teu sorriso e a minha dor no calor do teu abraço, perdendo as tristezas no nosso ninho espaço.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Cor de rosa

Não me mantêm o Outono, as asas abertas ao vento, asas de papel crepe cor de rosa.
Cor de rosa porque dizem os incautos que, se pudesse ter nascido cor, a natureza sábia me teria feito cor de rosa pálido, meloso e frágil.
Digo, falta a essas ingénuas almas o conhecimento do meu lado que veste preto, diária, meticulosa e furiosamente. Deixá-los pois rosar mais ainda a minha imagem, por dentro o preto sempre é anunciador e denuncia, como o Outono é denunciador e anunciador do inverno.
Não me mantêm controlado, o Outono, o lado mais solarengo de verão que queria fosse sempre a minha eterna e interna fachada.
Raios mais as ventanias selvagens Outonais! que sopram, uivam e sibilam atrás das vidraças da marquise. Eu não as deixo entrar, mas elas infiltram-se pelas frinchas forçando.
Necessito manter o meu calor junto ao peito. Necessito manter intactas as minhas asas de papel crepe cor de rosa.
Tudo isto, tanta roda cor de rosa apenas para vos dizer, ando pouco inspirada, e para o negro maçador tendem as minhas linhas rabiscadas.
Deixo-vos então por breves momentos, vou em busca do meu cor de rosa.
Mas volto em breve, com ou sem asas :)

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Não sei o que é...mas não é um conto.

E eis se não quando se mostra o misericordioso mentiroso, miseravelmente falso, capa de veludo escarlate em riste mas agora contra os pobres, contra os fracos, do alto da sua bondosa escorrida falsidade. Insolente, não se move, não se comove com o pranto!
Ergue-se então a pobre de farrapo de chita em riste e sem pudor, misericordiosamente sem falsidade, de coração sangrando oferecendo a jugular pulsante, grita-lhe.
- Olhai-os que morrem de fome meu senhor! - Apela-lhe.
Ó mas interessam umas quantas pobres criaturas rastejantes de estômagos colados às miseravelmente magras costas.
- Olhai-os que morrem de sede, meu bom senhor!
Ele marcha em orgulhosa pretensão presidencial, espalhando dolorosas esmolas a troco das suas almas escravizadas, quer lá saber se morrem secas no pó fétido das suas estradas.
Ela, e ela que cada vez se ergue mais, que cada vez mais alto ergue os seus farrapos de chita!
- Olhai agora...Olhai-me agora senhor! Que as massas ainda não se levantam, que os meus filhos ainda a teus pés se arrastam. Olhai-me senhor, que quero ver se por baixo do escarlate existes, ou apenas és.
- Olhai-me senhor, olhai-me por favor agora, agora antes que seja tarde – implora.
Mas ele sem a ver, passa...
Insuspeita fenda profunda que se abre frente aos seus pés...

(Escrevi isto há uns tempos, só isto, não sei porquê, era uma ideia para alguma coisa, mas já não me lembro do que era...)

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Primeiro dia de...


Aulas.
Vou para a escolinha, com o meu estojo do Wall.E :)