segunda-feira, 27 de abril de 2009

A Ti Helena!

Tivesse eu voz, das tantas vozes que em mim cantam e que de mim abusam, para te cantar.
Tivesse eu uma única voz, das imensas que me constroem, passível de cantar o vazio da tua ausência, e nasceria neste momento o mais sublime hino, a mais gloriosa ode à humanidade escrita em toda a história, em toda a parte.
Porque narrar-te doce Helena, narrar-te seria, se em mim houvesse voz que para tal tivesse o necessário timbre e melodia, contar humanidade, narrar vida.
Historiar os teus gestos, pintar as tuas cores, falar das tuas dores. Helena, de Tróia, da vida, da tragédia filha, materno ser de desgosto sentida...
A verdade é, bela Helena, que não tenho em mim voz que te narre, todas as minhas vozes são mudas. Fico-me assim no silêncio, esperando que este, que tantas vezes por mim narrou o inenarrável, testemunhe aquilo que não tenho voz que diga ao mundo.
A Deus, A Ti Helena!

terça-feira, 21 de abril de 2009

Excerto.

Isto é um pequeno excerto de um conto que comecei a escrever mas que nunca acabei. É a introdução a uma personagem que depois acabou por ganhar bastante protagonismo à medida que a história foi avançando.
A ideia era escrever algo entre poesia e prosa...Ou melhor dizendo uma prosa rimada...(não sei se isto existe mas pronto)
Já não é o primeiro excerto que coloco no blog.
Confesso que inicialmente me entusiasmei mas fui perdendo a capacidade de o continuar, não sei bem porquê.
Hoje abri e li este bocadinho....


Na casa do senhor Dr. alto e esguio como o seu carrão, havia uma criada que era calva mas tinha a mais doce alma e o mais doce coração. Dizia-se que perdera o cabelo com o desgosto de ter encontrado o seu noivo morto, no empedrado do calçadão. Moço fino da zona alta, filho do patrão.
Não falava muito a desgraçada, mas era eficiente e despachada, por isso e porque mantinha a descrição, era das preferidas do Dr. Pavão.

Desde de sempre que olhava pela princesinha de seda com carinho. Tinha como filha amada e sofria com o seu cárcere, com tão maldosa prisão.
Escovando o cabelo lustroso e ruivo da menina, a velha mas ainda bela criada Mina, resolveu-se a perguntar.
-Minha doce menina, então sofre por amar?

E pronto, sem o resto aqui não faz muito sentido, mas são 26 paginas ainda sim, ficou a meio...

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Prémio.

Recebi um prémio!

Não é todos os dias, obrigado Gata ☺

Agora, vamo lá. Segundo as regras da coisa tenho de mencionar 5 manias/apegos/obsessões minhas...ora....

1 – Livros.
2 – Dormir.
3 – Sapatos.

Estes são sem duvida obsessões... :)

4 – Tenho a mania das mantinhas, até no verão.
5 - Tenho a mania de ouvir musica aos berros...Voilá!

E tenho de nomear 5 blogs...Ora isso não é fácil...mas tentemos:

Loira, Saltinho, Abobrinha, Tia Annie e Perla...

(desculpem-me os meninos mas isto é prémio de gaja.)

terça-feira, 14 de abril de 2009

Victoria De Los Angeles Carmen "Habanera"

O casamento perfeito entre musica, voz e alma...

Grande Victória, quem canta assim...hehehe

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Apontamento

Tenho folhas de papel aos milhares e centenas de milhar de pensamentos, e no entanto os dois não se tocam, não se escrevem, não formam um corpo coeso. Não consigo que se esparramem no papel imaculado, que tão imaculadamente reflecte a luz branca cega do sol, coberto de nuvens cinza, de um dia tão perfeitamente de primavera.
O dia caminha lá fora, desenrolando-se como se espera, num dia normal, frio mas já mais morno de primavera.
As nuvens abrem buracos que mostram que o céu ainda é azul, não mudou de cor, e que o sol ainda aquece quando de nuvens grossas não padece. O vento sopra ligeiro e as árvores dizem-lhe Adeus com os ramos cobertos de rebentos verdes, prova provada da primavera, mesmo nos dias em que ela se esquece e deixa voltar o inverno frio, ainda assim menos frio do que era.
Então, procuro em entre os interregnos da nublusidade primaveril, um estética coerente para o derrame cerebral iminente das centenas de milhares de pensamentos que me ocorrem a cada momento, no entanto nada...As nuvem mantêm-se nos seus afazeres cobrindo e descobrindo o sol, como roupa vaporosa pelo vento batida, e eu no meio de pensamentos incoerentes vou traçando pequenas linhas nos milhares de folhas brancas.
Risco, rabisco, escrevinho, escrevo, faço notas de rodapé no livro de um determinado pensamento, se não o faço esqueço.
Leio, na horizontal, na vertical, na diagonal, hoje não é dia de criação, é dia olhar para dentro.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Agora é que eu já vi tudo!

Depois disto já nada me espanta!

(ando sem inspiração nenhuma e isso nota-se, não acham?)

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Já vos disse que...


Que tenho uma Beagle?

Pois é, tenho...Cada vez mais compreendo o desespero do Charlie Brown :)
Mas é a coisa mai linda...