terça-feira, 1 de abril de 2008
Adeus
O sol desmaiou sem cor atrás de um mar verde esbatido
Ele olhou-a pela última vez, com o seu coração partido.
-Meu amor não sei se te posso deixar ir.
Mas ela não respondeu.
O mar perdeu o seu esbatido de verde que ainda se via.
Ela olhou-o suave por cima do ombro, era o fim ele sabia
A noite caiu preta de carvão, com as estrelas em choro veladas.
Ele procurava por entre gavetas e armários o cheiro da sua amada.
-É que amor o céu azul iluminou-se naquela fracção de segundo.
-No momento do fecho dos teus olhos, iluminou-se todo mundo.
-Ainda hoje te procuro, quando o sol desmaia daquela maneira
-Ainda hoje te procuro quando o verde do mar se esbate na areia
-Ainda hoje te procuro e procurar-te-ei, meu amor, a vida inteira.
-Porque não me levanto do teu colo, malditas as lágrimas que choro,
-Porque nem sei onde fica o norte, não sei de mim, nem onde moro.
-E é só por isso ainda hoje corro pela praia deserta desvairado
-Certo que mais uns passos, só mais uns e estarás a meu lado.
-Mas não, o sol desmaia sem cor atrás de um verde esbatido
-O verde do mar apaga-se, a noite preta, e tu não estás comigo.
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4 comentários:
Rendo-me: estou aqui...
Tanto verde, tanto mar...
Vai o sol, fica o luar.
O verde dá lugar à cor do ouro que é mais bonita, não te preocupes...
Gostei da tua poesia.
Beijo
É bom que te habitues antónio, porque é mesmo aí que vais continuar.
Belo poema :-)
Isto não é para todos....
só para alguns, os privilegiados e eu não sou um deles seguramente...
Quem dera saber escrever assim...
Um grande beijinho
António
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