sexta-feira, 4 de abril de 2008

Graça.

No palácio mor, perto do grande rio, rio maior de todos, a Graça pequenina, graciosamente feminina, espreita da janela pela manhã, agraciando o mundo acabado de acordar com olhos cor avelã. Agradece com a sua serena graça, os jardins, as fontes, a praça e toda a criatura que por ela passa.
A Graça, graciosamente pequenina na sua forma feminina, olha pela janela ao fim da tarde, vê o enorme rio e o sol que já pouco arde, agraciando o mundo acabado de se deitar. Agradece com a sua serena graça os jardins, as flores, a praça e toda a criatura que por ela passa.
A Graça graciosamente feminina, na sua enorme grandiosidade agradece, à medida que o sol desce.
A Graça, graciosamente olha para as estrelas, deleita-se na graça de vê-las. Pela janela do palácio mor, perto do grande rio gracioso, agradece com a graça de um coração generoso.
A graciosa Graça pequenina á janela, olhando com ternura o mundo, e o mundo olhando agradecido para ela.

7 comentários:

antonio ganhão disse...

A janela pela qual nos deleitamos pelas graças recebidas, espreita sempre de um palácio mor, do nosso palácio interior.

Anónimo disse...

Mas é mesmo uma graça!...
Olha, amiga, são os efeitos do sol nessa graciosidade agraciada, a produzir vida.
bjinho

Joaninha disse...

António e Perla,

Vou conta um segredinho, a Graça, é para alem do mais a minha sogra, que é uma graça de senhora em todo e qualquer sentido que olhem para ela. Posso dizer que tenho uma sorte incomparavel. Um anjo como marido e uma graça de sogra ;)

Anónimo disse...

Minha querida,
dá-lhes muitos mimos, pois serão poucas as que se podem gabar disso!
Nunca ouviste dizer que a sogra nunca deve estar tão longe que venha de mala, nem tão perto que venha de chinelos, assim é a minha, por isso não me posso queixar, mas tu está realmente de parabéns :))

Krippmeister disse...

Sabes o que eu descobri migalhinha? Tenho duas maneiras de ler o que escreves:

A primeira é isenta de intrepretação. Quero isto dizer que tento ignorar o significado do texto e deleitar-me apenas com a sonoridade e a musicalidade dos teus jogos de palavras.

Depois volto a ler tudo pra sacar o contexto.

Está um espectáculo.

Anónimo disse...

Vi logo quem era!! Grandes verdades.Grande sogra, mas também grande nora que escreve assim ( e bem)sobre a sogra.
Muitos beijinhos
Tia Guida

Joaninha disse...

Tia Guida, eu posso mesmo dizer que foi Agraciada na verdadeira acepção da palavra, hihihi.
A nora não é grande coisa, mas ao menos é grande de altura o que já ão é nada mau ;)