tag:blogger.com,1999:blog-68287434688414127622024-03-13T01:01:29.484+00:00Joaninha"Nothing can cure the soul but the senses, just as nothing can cure the senses but the soul".
Oscar WildeJoaninhahttp://www.blogger.com/profile/04088502330286344333noreply@blogger.comBlogger366125tag:blogger.com,1999:blog-6828743468841412762.post-43324077409574548262014-01-25T22:12:00.000+00:002014-01-25T22:12:06.519+00:00Acho que preciso voltar.<div style="text-align: justify;">
Acho que preciso de voltar a escrever.</div>
<div style="text-align: justify;">
Qualquer coisa, uma coisa qualquer sobre cenas altamente estimulantes.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ideias procuram-se. Se alguém as encontrar agradeço envio imediato.</div>
<div style="text-align: justify;">
Pode ser na caixa de comentários, telex, fedex, como der mais jeito ou for mais rápido.</div>
<div style="text-align: justify;">
Agora a sério, sinto saudades de escrever. </div>
<div style="text-align: justify;">
Não digo que escrever me faz feliz, mas ajuda-me a qualquer coisa. Não sei a quê, mas ajuda. </div>
<div style="text-align: justify;">
O mundo está ou é, ou está e é turbulento e as linhas a preto no papel parece que lhe forçam algum sentido ou ordem, não sei.</div>
<div style="text-align: justify;">
Tinha medo do meu próprio vazio e então escrevia-o cá para fora, à bruta. É que assim não era só meu, era nosso, era vosso, era também de quem o lesse.</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas o mundo é turbulento ou está turbulento, não sei, e no meio dos trambolhões houve um momento tão sinistro, que, o meu vazio se tornou o meu amparo. E então, guardei-o todo para mim.</div>
<div style="text-align: justify;">
Por isso poderia pedir-vos desculpas, mas não peço, ou peço então. Pronto, desculpem.</div>
<div style="text-align: justify;">
Não sei se pedir desculpa é necessário, não sei se o meu vazio era assim tão interessante ou tão bonito. No entanto fica o pedido de perdão. Só não perguntem se é sentido, porque não tenho resposta para isso.</div>
<div style="text-align: justify;">
O que verdadeiramente sei é que tenho saudade de escrever, consequentemente tenho saudades vossas e de tudo isto. Mas não busquem consistência ou cadência, o tempo urge, urge tanto que os dias já são horas, e os meses já são dias no meu calendário tresloucado. </div>
<div style="text-align: justify;">
Assim sendo, não temos um comeback glorioso, isso de momento glorioso e garboso e charmoso deixo para aqueles mais conhecedores dos mistérios insondáveis da escrita.</div>
<div style="text-align: justify;">
Eu volto assim, num simples - Acho que preciso de voltar a escrever. Sobre qualquer coisa, cenas altamente estimulantes. Ideias procuram-se.</div>
<div style="text-align: justify;">
De V.Exas sempre.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Joaninhahttp://www.blogger.com/profile/04088502330286344333noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6828743468841412762.post-60388008190888391872012-11-15T18:55:00.000+00:002012-11-15T18:55:08.523+00:00Tédio<span style="text-align: justify;">Houve um tempo em que tudo me inspirava. As minhas fontes de inspiração era
tudo ou mesmo o nada.</span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Agora já não. Agora tudo parece ter-se banalizado. Até mesmo o nada, fonte
de tanta escrita, se transformou numa simples ausência. Já nem me pergunto de
quê, de quem, de que forma o ausente se ausenta deixando nos espaços onde
habita apenas vácuo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Procuro-te.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Tu, coisa, objecto, ser, simples momento. Tu que me farás encostar de novo
a caneta ao papel, entusiasmada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Toda esta banalidade pesa nos ossos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Grilhões de tédio prendem-me os pés com correntes de “casas dos segredos” e
“escândalos políticos, greves, crises, troikas”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Coisas mundanas, chatas, aborrecidas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">E eu arrasto, arrasto, sem levantar os olhos alto, pois que me envolve o
ócio intelectual, numa capa sinistra de obrigação mental, disciplina férrea de
pensamentos ordenados, explicativos dos meandros da burocracia, da legalidade,
sordidamente misturados com contagem de tostões ao fim do mês, contas a pagar,
comida para comer. Guardando horas parcas para um pouco de sono, um pouco de
olhos fechados, cérebro desligado, corpo prostrado. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Um, dois, três começa de novo, trânsito infernal, barulhos, sons, urros. E
uma avalanche das mesmas banalidades, aborrecidas, digo outra vez, aborrecidas!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Com os neurónios envolvidos por esta gosma, incapaz de um arranque livre,
solto. Com o pensamento, formatado, engaiolado, a perder sinapses, aos milhares
de milhão por segundo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Aconchega-me a alma, a certeza da altura em que, em rompantes garbosos,
achava escrever manuscritos, contos, poemas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Maus, bons, razoáveis ou mesmo muito pouco, pelo menos eram meus,
manifestações espontâneas da minha existência interior insana, entusiasmante, excêntrica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Agora as articulações estão calcinadas, o olhar está maculado, não há
rompantes, nem ideias brilhantes, nem momentos de puro êxtase literário. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Há sim, papel com 25 linhas contados, trancado em cada parágrafo, sem
espaços em brancos, rubricado e assinado, com assinatura reconhecida, documento
autenticado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Mas eu procuro-te. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">A ti, coisa, ser, momento, porque eu preciso de, sob pena de uma morte
intelectual precoce, sentir que ainda consigo um pouco de loucura, ainda
consigo um pouco de liberdade, ainda consigo voos extremos de adrenalina
salpicados pela simples visão de um qualquer por do sol bem esgalhado. <o:p></o:p></span></div>
<!--EndFragment-->Joaninhahttp://www.blogger.com/profile/04088502330286344333noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6828743468841412762.post-40802749789342823702012-09-11T21:10:00.001+01:002012-09-11T21:10:25.566+01:00Carta aberta ao amigo Pedro.<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Caro Pedro,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Obrigada pelas tuas amáveis palavras de conforto nas redes sociais, após o
anúncio de mais medidas de austeridade por parte do governo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Compreendo que TU, como pai, como cidadão, tenhas muita pena das medidas
que foram tomadas. Acho aliás legitimo, que como pai e como cidadão, tenhas
tomado essas medidas, porque é teu dever, como pai e como cidadão defender o
futuro dos TEUS filhos através das defesa dos TEUS interesses, é teu dever como
cidadão defender os TEUS amigos e os seus interesses, principalmente quando são
coincidentes com os teus. É obviamente através da defesa desses TEUS interesses
que garantirás um futuro melhor para TI e para os TEUS.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">E sejamos honestos, qual de nós como cidadão não faz exactamente o mesmo?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">É essa a função de um pai, de um cidadão, de um amigo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Por isto caro Pedro, compreendo-te bem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">No entanto caro Pedro, há algo que, na defesa acérrima que fazes legitimamente
dos teus interesses, pareces esquecer. É que caro Pedro, tu és pai é certo, és
filho é certo, és marido é certo e cidadão claro, mas és também o mais alto
representante do governo de Portugal, tu és meu caríssimo Pedro, o Primeiro-Ministro
de Portugal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">E é ai, Pedro, que a tua logica de pai e cidadão falha!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Falha, porque ser Primeiro-Ministro caro Pedro, implica que, em primeiro
lugar, estão os interesses de todos os pais, todos os filhos, todos os maridos,
todos os cidadãos e amigos dos cidadãos deste país! Em primeiro lugar está sempre,
o interesse do colectivo caro Pedro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">A isto, a este misterioso fenómeno se chama, sentido de Estado e só com ele
se pode ser dignamente Primeiro-Ministro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Não Pedro, não é como pai, nem como cidadão que se está num lugar como
esse. Um lugar como esse, implica sacrifício, sacrifício dos interesses
pessoais, como pai, como cidadão, como filho, como amigo, em nome de algo muito
maior, em nome de algo que deve ser considerado como sagrado, os interesses
maiores de Portugal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Meu caro, para se ocupar esse lugar é preciso muita coragem, muito
sacrifício, muito caracter, muita humildade. Eu nunca tentaria sequer pois
confesso, não seria digna de tal posto, não teria a coragem e a humildade que é
necessária para renunciar aos meus interesses e dos meus entes queridos em nome
de um colectivo que não conheço. Se também sentes não ter coragem, meu caro,
não é vergonha nenhuma renunciar, aceitar que nem só de vitórias se faz uma
carreira.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Assim, caro Pedro, deixo-te primeiro um pequeno conselho: Até os animais de
carga se revoltam quando o castigo é muito. Tem cuidado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Segundo, faço-te um apelo, não ao cidadão, não ao pai ou ao amigo, mas ao
Exmo Senhor Primeiro Ministro de Portugal:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Em nome de um país que tem fome, de famílias que já não tem como viver, de
PME’s que estão a fechar, de licenciados desempregados que estão a emigrar, em
nome de todos os portugueses, ricos e pobres, de esquerda e de direita, toma as
medidas que são necessárias tomar. Aquelas que provavelmente vão contra os teus
interesses como cidadão e se calhar até como pai, mas que são do interesse
maior de Portugal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Aquelas que eu sei tens medo de tomar. Mas lembra-te, um verdadeiro
Primeiro-Ministro não tem medo, afinal não tem nada a temer, pois tem o apoio
do país, dos portugueses, de todo o Portugal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">No entanto Pedro, se sentes que não consegues, mantem a tua dignidade como
cidadão, como pai, como amigo, demite-te!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Certa que me
compreendes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Um abraço fraterno,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">JCC<o:p></o:p></span></div>
Joaninhahttp://www.blogger.com/profile/04088502330286344333noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6828743468841412762.post-2844204996261438122012-05-23T14:30:00.000+01:002012-05-23T14:30:00.495+01:00Pai<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Dez coisas que aprendi contigo:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">1 - Não há pessoas sem defeitos. Todos os temos, sem qualquer excepção.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Há sim pessoas que dão tanto de si, dão tanto à vida, aos outros, ao mundo,
pedindo tão pouco de volta, que os seus defeitos se esfumam no meio da sua
condição de seres predominantemente virtuosos;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">2 - Não há pessoas desprovidas de qualidades. Todos as temos, sem qualquer
excepção.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Há sim pessoas, que absorvem tanto, à vida, aos outros, ao mundo, dando tão
pouco de volta, que as suas virtudes se esfumam no meio da sua condição de
seres predominantemente desvirtuados;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">3 - Não se enganem, o equilíbrio entre dar e receber é utópico, não se
atingirá nunca. São conceitos abstractos, incontáveis, imedíveis. Não cabem em
pratos de balança ou equações matemáticas;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">4 - Há que dar tudo, só vivemos se nos dermos num todo à vida, só somos se
nos dermos aos outros, só perduramos se nos dermos ao mundo. Há que saber
receber, só recebendo da vida, dos outros e do mundo poderemos construir-nos,
aprendendo e amadurecendo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">5 – Dar é extraordinariamente gratificante;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">6 – Receber é extraordinariamente estimulante;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">7 – Vive-se melhor de braços abertos e sem medo do medo. Sofre mais quem
por medo não vive, do quem vive intensamente consciente do seu medo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">9 – Não existem pessoas invencíveis, todos, mas todos temos fraquezas. O
que torna os mais fortes aparentemente invencíveis é o facto de conhecerem e
aceitarem as suas fragilidades.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">10 – Chorar é apanágio dos fortes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Por estes de simples ensinamento e por todos os outros que aqui não cabem, estou-te
imensamente grata. <o:p></o:p></span></div>
<!--EndFragment-->Joaninhahttp://www.blogger.com/profile/04088502330286344333noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6828743468841412762.post-82654147078147460102012-04-30T18:40:00.003+01:002012-04-30T18:46:02.909+01:00Mãe<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEha2smqY85w5CGZkHJhy7j2ReSR8ky-0p29OkLgM5cYVcQzu8B_VO2x38YicXd6ciq1liNjeZeX9WCZOve62zrxREL0uTqkEFKsKFrNT-Y8zUWaN6Sdz16vaw3VhH0H67zRAt32kLondvx3/s1600/tejica_web.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEha2smqY85w5CGZkHJhy7j2ReSR8ky-0p29OkLgM5cYVcQzu8B_VO2x38YicXd6ciq1liNjeZeX9WCZOve62zrxREL0uTqkEFKsKFrNT-Y8zUWaN6Sdz16vaw3VhH0H67zRAt32kLondvx3/s1600/tejica_web.jpg" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Já escrevi sobre a minha mãe, umas poucas de vezes. Não tão poucas como
isso, e ainda assim, não tantas como ela merece.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><span lang="PT">Não é só por ser bonita</span> que falo nela. É linda, é certo. Sempre o foi,
continua sendo e será eternamente. Não é novidade e confirma-se facilmente. Não
é por isso, mas por tudo o resto.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">É por ser mãe com todas as fibras do seu ser, mesmo contra toda a fibra do
seu intelecto, uma negação positiva de maternidade que é o mais acertado
contra-senso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Pela sua capacidade de abnegação materna, num constante abraçar escondido,
preocupação continua, camuflada atrás de um ar sempre um pouco “blasé”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Sempre com as feridas escondidas, com o sofrimento refundido, com o medo
trancado na gaveta. Enfrentando, enfrentando-se...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Podia aqui filosofar durante horas, dias, anos, sobre todas as razões pelas
quais é ela assunto de que nunca me farto, e sobre o qual nunca digo o
suficiente. As razões pelas quais me encho de orgulho e de sentimentos que eu
própria não abarco quando a penso mais seriamente. Mas não o faço, por
respeito. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Basta dizer que, dificilmente outra criatura faria de forma mais
dissimulada e no entanto mais perfeita, o seu papel de mãe extremosa, amorosa,
uma coragem de mãe coragem! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Mãe...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Muito obrigada e desculpa-me todas as vezes que não correspondi, todos os
sustos que te dei, todas as guerras que provoquei, todas as asneiras...Contrita
de forma profunda, humildemente te peço mãe... perdão. Quanto aos que farei no
futuro, aqueles que, demorarei anos a reconhecer, sim porque demoro sempre
muito, peço-te também que me perdoes desde já. Adivinhando a tua resposta
negativa, saio na mesma sorrindo, sabendo ter o perdão no bolso, mesmo se não o
tivesse pedido.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Não digo que seja a melhor mãe do mundo, mas digo que, seja lá quem for
essa, a minha não fica a dever nada!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT"><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Mãe.</span><o:p></o:p></span></div>Joaninhahttp://www.blogger.com/profile/04088502330286344333noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-6828743468841412762.post-54775146978954755072012-04-23T18:24:00.001+01:002012-04-23T18:27:15.994+01:00Amor (Ou outro titulo qualquer)Amor quem te complicou?<br />
O amor não é para ser complicado...<br />
Amor, quem te manchou?<br />
O amor é para ser imaculado...<br />
<br />
Amor...Meu amor, meu amado.<br />
<br />
Amor, quem te abandonou?<br />
O amor não pode ser assim deixado.<br />
Amor diz-me quem é que te calou?<br />
O amor não é para ser silenciado.<br />
<br />
Mesmo quando o mundo não ama,<br />
Mesmo quando já não se ama neste mundo!<br />
<br />
Óh Erguei-vos e salvai-o!<br />
<br />
Que se nos morre o amor<br />
Sem que muitos nunca tenham amado,<br />
Seca o mundo todo de dor.<br />
O mundo terá acabado!
Salvai-o! Por favor!Joaninhahttp://www.blogger.com/profile/04088502330286344333noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6828743468841412762.post-36440765825933303372012-02-10T18:32:00.001+00:002012-02-10T18:35:11.928+00:00Serenidade.Pois a serenidade é coisa que não me assiste. <br />Diziam que viria com a idade, a idade vem vindo todos os dias. A serenidade, nem a vejo nem a viste!<br /><br />Disparatam completamente insistindo – “O conhecimento cresce com o tempo, Ficamos mais maduros, sabios!<br /><br />Pois, eu digo, o tempo vem passando, já o conhecimento esse nem aumenta, nem se mexe!<br /><br />Qual maturidade qual quê! <br /><br />Por esta altura devia ser uma mulher serena, sábia, de bem comigo e com os outros e já agora com algum sentido de humor, e não uma miúda com rugas na cara sarapintada e expressão toda cheia de linhas inesteticamente reveladoras do seu descontentamento interior e não só!<br /><br />E nem me venham com a conversa que temos que ser nós a procurar o caminho! <br /><br />Então afinal tenho de fazer tudo sozinha? Mas isso não é suposto ser uma coisa natural!? <br />Querem ver que, mais uma vez, como sempre, tenho de trabalhar para isso...<br /><br />Não tenho de trabalhar para me caírem as rugas na testa essa é que é essa! Todos os dias nasce mais uma, juntamente com dois cabelos brancos!<br /><br />E dói aqui e dói ali, e vai ao médico, e tal e tal! Irra! E depois, paga impostos, faz isto e mais aquilo. Responsabilidades é quantas quiserem, é para mim e para 10 iguais! É normal, faz parte, crescer é isso mesmo! <br /><br />Se é, quem raios é que inventou essa coisa do crescer!? <br /><br />Mas está tudo tolo!Joaninhahttp://www.blogger.com/profile/04088502330286344333noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6828743468841412762.post-28473594080732674352012-02-03T18:55:00.000+00:002012-02-03T18:56:55.311+00:00Ando em buscaAndo em busca da minha inspiração. Daqueles meus momentos solenes de escrita emotiva, sentida. Toda ela despida de pretensão, muito eu, muito minha. <br />Quero de volta os dias de encontro comigo mesma, em que os sentimentos me afloravam aos dedos em cérebro fervia, naquele exercício masoquista, egoísta e tresloucado que é para mim a escrita. Cheio de engodos, vómitos de palavras, dores, eram sempre carregados de dores . O isolamento maravilhoso, a convulsão, o desespero! Não, minhas mãos não te acompanham...Derreada na cadeira frente ao lume, como quem correu a maratona no espaço de um parágrafo.<br />O freio a mim não me assenta bem, tolhe-me a inteligência, rói-me as entranhas...<br />Adoro sonhar, adoro inventar, adoro sofrer imaginando os fins mais trágicos, a felicidade de enlouquecer. <br />Tenho saudades do meu mundo. Vá lá, deixem-me sonhar...Joaninhahttp://www.blogger.com/profile/04088502330286344333noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6828743468841412762.post-85702992930259254772012-01-05T18:26:00.000+00:002012-01-05T18:28:11.974+00:00Tormenta.O silêncio instala-se matreiro, sem se saber como. Pára tudo, não bule folha, não se ouve um ruído. A pele irisa-se, arrepanha-se, o corpo entesa, os dentes serram. Cheira-se-lhe no ar o odor intruso.<br /><br />O ar contrai-se. O espaço encolhe-se. O tempo que é sempre mais lento, suspende-se... <br />Inspira-se uma ultima vez, última inspiração da alma antes do vazio, e enfrenta-se.<br /><br />Já sem tempo, já com silêncio, já sem certezas, no mar lamacento, peganhoso. Luta-se. Garras, unhas. Esgravata-se, agarra-se, sobrevive-se.<br /><br />Longa, longe nos leva a torrente. Caos de dor, de escravidão. Sangue derramado de cada um. Um por si e por si só. Numa solidão de companhias bravas, raras, lutando por si, com os outros, sem lutar por eles mas ainda assim lutando por todos.<br />E então...Vede como se limpam as águas. A água sempre se limpa, o monstro sempre se amansa...<br /><br />Pingos de água, resquícios da tormenta, fazem som nos telhados destruídos. O silêncio quebra-se.<br /><br />O espaço cresce, o ar expande-se e a alma novamente respira, inspira, expira serena.Joaninhahttp://www.blogger.com/profile/04088502330286344333noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6828743468841412762.post-7632009638924512402011-12-21T19:00:00.002+00:002011-12-21T23:10:41.474+00:00O estranho fenómeno do Natal.Lareiras acesas, de chamas quentes cor de laranja, saltando fagulhas para o soalho de carvalho chamuscado. Pisa brasa. Caruma no cabelo, nas carpetes e farpas de lenha na camisola, cheiro a fumo, carvão preto no nariz.<br />Rebolar, rebolar nuns estranhos confortos, de tapetes com pó e cozinha de pedra. Fogão a lenha carbonizado e partido pelos milénios de abusos natalícios, de avental ou sem ele, juntando à madeira nódoas de ovo, de farinha, de massas e cheiro a fritos, soltando sonhos, leite creme, arroz doce, bolo rei...Bacalhau nadando bruços no azeite, embrulhado em couve, com batatinha...Meninas pequeninas saltitantes, pulando no chão velho e oscilante, meninos correndo abanando fundações. O tilintar dos copos na cristaleira, os cães dormindo encostados às lareiras. <br />Cozido, cozido no fogo da sala grande, panelas de peso, de gigante, panelas de prata com o fundo preto, limpo a palha de aço, com carnes borbulhando, enchidos largando cheiro, largando sabor, colorindo a água de sangue. Os gritos da mãe, um pouco agudos, acompanhados ao fundo pelos uivos do vento que se entranha pelas frestas e arestas de uma casa grande e velha.<br />Maridos com largos sorrisos, olhares de irmã mais velha no meio dos gritos e de risadas nada histéricas. <br />E no meio, eu, que não gosto de barulho, não gosto de cheiro a fritos, não gosto do cabelo sujo e de roupa velha...Eu que no fundo não gosto de nada disto...Não gosto de cozinhar, sou meia alérgica ao pó, e detesto de morte o frio...Sinto-me tão em casa, sinto-me toda eu, eu mesma. Sinto que amo tudo aquilo, e que tudo aquilo sou eu. E assim é. Nunca entendi este estranho fenómeno do natal. Mas deixa-me, quando tudo se aquieta e as brasas estoiram na lareira num final de festa divino, a pensar seriamente. <br /><br />- Será que não gosto mesmo de barulho, ou só simplesmente um pouco pateta?Joaninhahttp://www.blogger.com/profile/04088502330286344333noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6828743468841412762.post-49675764449768097892011-10-12T11:05:00.000+01:002011-10-12T11:06:52.498+01:00Sem nome.<style>@font-face { font-family: "Times New Roman"; }p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal { margin: 0in 0in 0.0001pt; font-size: 12pt; font-family: "Times New Roman"; }table.MsoNormalTable { font-size: 10pt; font-family: "Times New Roman"; }div.Section1 { page: Section1; }</style> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">Suave...</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">Vem, suave.</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">Suavemente te escorram dias aos milhares,</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">Com caminhos iluminados de felicidade.</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">Devagar...</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">Abre os olhos devagar,</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">Já é dia!</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT"> </span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">Quente...</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">Aquece lentamente.</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">Sejam serões cálidos de Outono dourados,</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">Com caminhos serenos de cumplicidade.</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">Devagar...</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">Fecha os olhos devagar.</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">Já anoitece!</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT"> </span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">Caminha...</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">Vem, firme.</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">Seja ela uma vida sem magoa,</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">Com actos de bravura e bem vivida.</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">Devagar...</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">Deixa o corpo ir devagar...</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">Já o fim se principia.</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT"> </span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">Devagar...</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">Consome a vida devagar.</span></p>Joaninhahttp://www.blogger.com/profile/04088502330286344333noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-6828743468841412762.post-18047609328687340052011-08-26T14:15:00.000+01:002011-08-26T14:16:15.946+01:00insónia<style>@font-face { font-family: "Times New Roman"; }p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal { margin: 0in 0in 0.0001pt; font-size: 12pt; font-family: "Times New Roman"; }table.MsoNormalTable { font-size: 10pt; font-family: "Times New Roman"; }div.Section1 { page: Section1; }</style> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">De eterno se fez finito o céu, quando escorrendo tinta se deitou para dormir. Deixou-o com um amargo de boca.</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">Para poder ver tentou acender um fósforo, mas este morreu na lixa, chispando num queixume áspero e doloroso.</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">Não consigo ver...Pensou...</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">Deitou de novo a cabeça na almofada crocante de erva e geada...Está frio - murmurou.</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">A noite, como o dia, não é eterna, no fim o sol sempre se ergue, a luz sempre se acende e os meus olhos voltam a ver-te! </span></p> Joaninhahttp://www.blogger.com/profile/04088502330286344333noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-6828743468841412762.post-80148573757960909992011-07-13T15:03:00.002+01:002011-07-13T15:05:44.235+01:00Acabei e estou de volta...(mas devagarinho)<style>@font-face { font-family: "Times New Roman"; }@font-face { font-family: "Wingdings"; }@font-face { font-family: "Verdana"; }p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal { margin: 0in 0in 0.0001pt; font-size: 12pt; font-family: "Times New Roman"; }a:link, span.MsoHyperlink { color: blue; text-decoration: underline; }a:visited, span.MsoHyperlinkFollowed { color: purple; text-decoration: underline; }table.MsoNormalTable { font-size: 10pt; font-family: "Times New Roman"; }div.Section1 { page: Section1; }</style> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">E pronto. Acabei o curso. </span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT"> </span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">Espero agora conseguir, munida de tempo e disponibilidade intelectual, trazer o Joaninha de volta ao mundo dos vivos.</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">Como tal, vou-me debruçar novamente sobre qualquer coisa bela a ver se as minhas ferrugentas mãos, cheias de pedaços de leis colados aos dedos e calos formados de artigos jurídicos, conseguem ainda orquestrar um qualquer ramalhete de palavras.</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT"> </span></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="PT">Voltarei em breve! </span><span lang="PT" style="font-family:Wingdings;"><span style="">:)</span></span><span style="" lang="PT"> </span></p>Joaninhahttp://www.blogger.com/profile/04088502330286344333noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-6828743468841412762.post-55819327335600445672010-12-25T14:15:00.002+00:002010-12-25T14:21:38.766+00:00O melhor presente de Natal de sempre!O meu mais sentido obrigada a:<div><br /></div><div>- Maridão Miguel;</div><div>- Amigão Bruno Krippahl;</div><div>- Maezinha querida;</div><div>- Maninhas lindas Tété e Gabriela;</div><div>- Tia maravilhosa Maria;</div><div>- Madrinha espectáculo Mima</div><div>- E a todos os que contribuíram e que eu me tenha esquecido porque a minha cabeça anda muito fraquinha.</div><div> </div><div>Pelas minhas super botasFull Tilt Mary Jane!</div><div><br /></div><div>Beijos, beijos, beijos, beijos!</div>Joaninhahttp://www.blogger.com/profile/04088502330286344333noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-6828743468841412762.post-47077679318870340822010-12-14T11:06:00.003+00:002010-12-14T11:11:51.633+00:00Boas Festas!<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBjN_zpn50R_Lmve5HXSVg3If-W4fIxPSADHWK5FV-efyZetOCTmM19yea2jK556u3fqINp8T-diER_2N0udXv1Ohm7QhHoINRm0w2Nt5sJ-Qox5xE8uPgtrzZCYi7UxyRzQ3CLDsnDAy2/s1600/foto001_1.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 169px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBjN_zpn50R_Lmve5HXSVg3If-W4fIxPSADHWK5FV-efyZetOCTmM19yea2jK556u3fqINp8T-diER_2N0udXv1Ohm7QhHoINRm0w2Nt5sJ-Qox5xE8uPgtrzZCYi7UxyRzQ3CLDsnDAy2/s200/foto001_1.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5550493658519406962" /></a><div><br /></div>Bom, eu sei que isto anda paradinho e por isso peço desculpa a quem tem a paciência de vir aqui ler os meus disparates, estou no ultimo ano da minha segunda aventura universitária e isto de Bolonha deu uma volta no esquema que nos deixou, a alunos e professores, com pouco tempo e muito trabalho.<div><div><br /></div><div>Também sei que a fotografia é repetida, infelizmente já não tenho o meu companheiro para fazer um cartãozinho de natal novo...O Bagulhinho está no céu, mas manda umas festas muito felizes a todos.</div><div><br /></div><div>Beijos e BOAS FESTAS!</div></div>Joaninhahttp://www.blogger.com/profile/04088502330286344333noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6828743468841412762.post-26596748216337318302010-11-12T11:30:00.004+00:002010-11-12T11:33:27.176+00:00Botas Full Tilt, Mary Jane is the Name!<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLoaGjaWdzf7FrXuWio_P_DUx_OoCc-mKS2sbGED6dk_l7ipVX4jmBsVy1JsznypLxLeT2P2SRy9XaRwkXYgNH_9VcmPB1Sj-l8a0qd-vy-WJxaZt_LvbAOlb7-kdgZsxDN3BsfonlxYaa/s1600/192791_192791.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLoaGjaWdzf7FrXuWio_P_DUx_OoCc-mKS2sbGED6dk_l7ipVX4jmBsVy1JsznypLxLeT2P2SRy9XaRwkXYgNH_9VcmPB1Sj-l8a0qd-vy-WJxaZt_LvbAOlb7-kdgZsxDN3BsfonlxYaa/s200/192791_192791.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5538624455156744274" /></a><br />Estas são as botas de Ski que eu gostava de ter....<div>Enfim, sonhar não custa!<br /><div><br /></div><div><br /></div></div>Joaninhahttp://www.blogger.com/profile/04088502330286344333noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-6828743468841412762.post-72617691641481567342010-11-10T09:56:00.003+00:002010-11-10T10:10:20.961+00:00DesabafoEu sei que isto não tem nada a haver com o meu blog, é só um desabafo.<div><br /></div><div>Mas porque é que os programas de computador que se dizem "em português" adquiridos no nosso belo Portugal estão invariavelmente em Brasileiro?!</div><div><br /></div><div>Porque é que quando se fazem pesquisas no google sobre qualquer assunto de Direito aparecem 1500 sites Brasileiros e nenhum português.</div><div><br /></div><div>Quer dizer, ao que parece não há assunto de Direito que os Brasileiros não tenham estudado, esmiuçado, elaborado teses e esta tudo ali disponível on line. Os nossos cá no burgo pouco fizeram e os pouco que escreveram sobre os assuntos, editaram livros e Deus nos livre de estar alguma informação on line!</div><div><br /></div><div>Resumindo é bem mais simples estudar Direito no Brasil, quanto mais não seja pela facilidade de acesso a material de estudo!</div><div><br /></div><div>E pronto fica o meu desabafo patético mas sentido!</div><div><br /></div><div>Buff!</div><div><br /></div><div><br /></div>Joaninhahttp://www.blogger.com/profile/04088502330286344333noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-6828743468841412762.post-35590766254735487532010-10-22T12:14:00.002+01:002010-10-22T12:15:51.900+01:00Pequeno comentárioEu juro que não fechei o blog, juro!<div><br /></div><div>Ando é com muito que fazer...</div><div><br /></div><div>Volto já.</div><div><br /></div><div>Beijos</div>Joaninhahttp://www.blogger.com/profile/04088502330286344333noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-6828743468841412762.post-926622290854804182010-09-27T09:48:00.000+01:002010-09-27T09:49:10.491+01:00No Vale do Rocim...<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhblJn9yfL1pH5rIOKfSzh8RGKGEdPtk3kZNbwqM1YKPUrENzCwXj166J2Q97etv9oHPCMZNrw23RteQisKsnNhQ6vL-PXiKNbkZdK4-1-_N_E5Sw39JpGqogo0pq0oGJ_z17_LyQD0VVp0/s1600/me.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhblJn9yfL1pH5rIOKfSzh8RGKGEdPtk3kZNbwqM1YKPUrENzCwXj166J2Q97etv9oHPCMZNrw23RteQisKsnNhQ6vL-PXiKNbkZdK4-1-_N_E5Sw39JpGqogo0pq0oGJ_z17_LyQD0VVp0/s200/me.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5521512630834956194" /></a>Joaninhahttp://www.blogger.com/profile/04088502330286344333noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-6828743468841412762.post-91084426487532223942010-08-31T11:14:00.002+01:002010-08-31T11:15:25.794+01:00Na lagoa comprida...<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZXOfV981As0VNLneGBE-MoO09GhX90a3Vemx6EyETXJhiywksNzCp2ip_FmZ5UXUefcKF1PzOdh1hIhTPYUfc29GBXO0AjY6FX9d_srAa3Ltk3tDTiwWkNOevxS5y47N8MFvcip3uC7ul/s1600/me_recovered.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 150px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZXOfV981As0VNLneGBE-MoO09GhX90a3Vemx6EyETXJhiywksNzCp2ip_FmZ5UXUefcKF1PzOdh1hIhTPYUfc29GBXO0AjY6FX9d_srAa3Ltk3tDTiwWkNOevxS5y47N8MFvcip3uC7ul/s200/me_recovered.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5511515555395729442" /></a>Joaninhahttp://www.blogger.com/profile/04088502330286344333noreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-6828743468841412762.post-27800274341977227282010-08-19T13:52:00.003+01:002010-08-19T13:54:46.427+01:00As férias.<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUBR3s8tcUNMkvdq5DbA6e9BK8M8Jr4Vds_IAI4cHhHamIbo3z6lqu1QfQ_ZFn8r9EbYzcRhIRe1s6736HPsB90MeP6yOVU7ngP6luf3SOTgdM7_8B4ngye40xdkUUSQLZTTqLDTl-atjk/s1600/valeRocim.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUBR3s8tcUNMkvdq5DbA6e9BK8M8Jr4Vds_IAI4cHhHamIbo3z6lqu1QfQ_ZFn8r9EbYzcRhIRe1s6736HPsB90MeP6yOVU7ngP6luf3SOTgdM7_8B4ngye40xdkUUSQLZTTqLDTl-atjk/s200/valeRocim.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5507103583927332514" /></a><br /><div><br /></div>Vale do Rocim...Na belissima Serra da Estrela, que embora cada vez mais despida de arvores não perde o encanto.Joaninhahttp://www.blogger.com/profile/04088502330286344333noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-6828743468841412762.post-66144126596954315052010-07-28T14:38:00.004+01:002010-07-28T15:05:36.031+01:00Alice II<!--StartFragment--> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align:none;text-autospace:none"><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"></span></p><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align:none;text-autospace:none"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">-</span><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"> Eu sou Alice!</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align:none;text-autospace:none"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Ele olhou-a indignado e disse:</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align:none;text-autospace:none"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">- Alice era loira! – Riu-se!</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align:none;text-autospace:none"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align:none;text-autospace:none"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">- Alice! sou Alice!</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align:none;text-autospace:none"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Ele olhou, pesaroso respondeu:</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align:none;text-autospace:none"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">-Alice morreu!</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align:none;text-autospace:none"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align:none;text-autospace:none"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">- Não! Alice sou eu!</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align:none;text-autospace:none"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Ele, com sua voz já meia sumida:</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align:none;text-autospace:none"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">- Que afirmação mais descabida!</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align:none;text-autospace:none"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align:none;text-autospace:none"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">-Não entendes? Alice sou eu!</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align:none;text-autospace:none"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Ele não deu resposta, desapareceu..</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align:none;text-autospace:none"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align:none;text-autospace:none"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Então ela chorou desolada,</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align:none;text-autospace:none"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Porque raio o gato a matara?</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align:none;text-autospace:none"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Porque ter cabelo cor de azeviche?</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align:none;text-autospace:none"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align:none;text-autospace:none"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">- Alice sou eu! Eu sou Alice.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align:none;text-autospace:none"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">E depois desfaleceu...</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align:none;text-autospace:none"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;mso-pagination:none;mso-layout-grid-align:none;text-autospace:none"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Boas férias para todos!</span></p><div><br /></div></span><p></p> <!--EndFragment-->Joaninhahttp://www.blogger.com/profile/04088502330286344333noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-6828743468841412762.post-52454830207541452862010-07-23T14:07:00.004+01:002010-07-23T14:14:55.255+01:00A Paixão by El-Matador...<span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Amanhecera finalmente o dia em Remulak – A Grande. Não era um dia qualquer; era o dia que iria definir a vida de toda uma geração. Um risco invisível havia sido traçado na Cidade e, ou se estava de um lado ou do outro; não havia meio termo. A época das indecisões acabara. A inércia há muito que vinha fazendo os seus estragos, e, aquela que um dia tinha sido uma das mais belas repúblicas do cosmos, jazia quase morta, de tão apática se tornara. Os tecnocratas haviam corrompido o poder. Governavam com a ajuda de andróides que fiscalizavam e faziam cumprir as suas leis. As leis eram de betão armado ou tinham a forma de microchips de silica. Os remulakianos eram cordeiros marcados para abate; peças de carne para sacrifício; tudo em nome da Grande Máquina. Eram absorvidos, mastigados e reciclados em humanóides sem espírito; que fiscalizavam e faziam cumprir...<br />Pasquináceo agarrou na sua bandeira rubra e negra e dirigiu-se para o centro da Cidade. De todas as ruas, de todas as vielas e becos foram surgindo outros pasquináceos; remulakianos, que de tanto serem ofendidos e humilhados, caminhavam obstinados para o local marcado, puxados por uma força invisível que os unia a todos: a miséria.<br />O centro da Cidade cedo se tornou numa massa informe, qual coágulo de sangue a espraiar os seus tons de vermelho escuro. O burburinho daquela gente depressa se transformou num clamor que de tão estrondoso foi confundido com trovoada; na agitação alguém comentou: - Porra! Até que enfim que acordámos – e nesse momento o Palácio foi tomado de assalto, e os andróides que o defendiam nada puderam contra uma multidão ávida de mudança, sequiosa de justiça; reconheceram-se nela e abriram alas.<br />O senhor Engenheiro(ideólogo da Grande Máquina) e seus sequazes foram arrastados das faustosas poltronas dos seus gabinetes para a rua, puxados pela orelha, como se faz aos meninos mal comportados. E logo ali foram julgados por toda a população que exclamou a uma voz: Condemno!<br />O castigo foi aplicado de imediato a todos os meliantes e seus acólitos; a todos os juízes que os justificaram, a todos banqueiros que os sustentaram, a todos os sacerdotes que os benzeram. Foram atirados ao rio de pernas e braços atados. Não foi uma condenação à morte; os remulakianos sabiam que a merda geralmente boiava.<br />E era tal a paixão que vibrava naquele povo que até o céu começou a chorar de emoção. A chuva varreu das ruas os restos de ingnomínia, e sublinhou a necessidade de limpeza que a Cidade há muito exigia.</span></span><div><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><br /></span></span></div><div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family:verdana;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Este texto foi escrito por El Matador </span><a href="http://el-killer.blogspot.com/"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">http://el-killer.blogspot.com/</span></a></span></div></div>Joaninhahttp://www.blogger.com/profile/04088502330286344333noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6828743468841412762.post-27626120297063949552010-06-30T10:07:00.000+01:002010-06-30T10:08:30.284+01:00Amizade.Sentada na esplanada esperava, avaliando criteriosamente as formas que as nuvens iam desenhando no fundo azul gelo que era o dia de invernia que fazia pouco despertara.<br />As árvores, chamadas arvores do diabo, culpa dos espinhos ferozes, na sua frente, com o seu tronco barrigudo, não tinham folhas, e a erva verde cintilava com gotas de orvalho quase geladas mas ainda em estado liquido.<br />Fazia pequenos nós nas franjas do cachecol , tique que muito a irritava mas que não conseguia evitar. Havia tanta coisa que não conseguia evitar...<br />O telefonema tirara-a da cama mais cedo do que o costume para aquela altura, tinha como habito dormir até ao mais tarde possível quando estava de férias. Frio colava-se-lhe à cara, irritando a pele, fazendo surgir pequenas zonas vermelhas e abrindo pequenas fissuras nos lábios secos, apesar da insistente aplicação de Labello azul, só porque cheira bem. <br />Apesar de protegida pelos prédios em L o vento cortava a esplanada, gelando-a ainda mais.<br />O jardim estava sereno aquela hora, em pleno feriado de natal, embrulhado no frio limpo que levava para longe o cheio da humidade jorrada em chuva nos dias anteriores.<br />Tirou os olhos do céu apenas tempo suficiente para pedir um chá bem quente. Ele estava um pouco demorado, ao que parece havia transito.<br />Não era problema nenhum, ela estava bastante acostumada a esperar por ele, habito que lhe não agradava, bem se vê, mas que se diluía naquele homem doce, grande e desajeitado, acabando de certa forma por lhe dar graça. Sorria, apenas com o cantos dos lábios, muito levemente, ele era realmente engraçado.<br />Pastoso, lento como só ele sabia ser, assomou por baixo da latada, vinha de cabeça baixa, mãos enterradas nos bolsos fundos do sobretudo azul, quase negro, arrastava o peso de um mundo inteiro às costas.<br />O coração dela deu um salto, ele era frágil, tão frágil...<br />Preparou-se na cadeira, deu mais um nó nas franjas do cachecol no tique maldito que não a deixava e, antecipando-lhe a chegada, levantou-se.<br />Ele ainda de cara no chão, limitou-se a beija-la com profunda tristeza e de seguida deixou cair o corpo quase inerte na cadeira da esplanada.<br />-Está frio – Reclamou baixinho num tom de grunhido.<br />-Faz-te bem – Ela respondeu com carinho.<br />Bufou, naquele bufar masculino de quem não se permite sequer a ideia de chorar. Ela não entendia isso...Havia tanta coisa que ela não entendia nele, melhor dizendo na generalidade do género masculino.<br />Também não estava ali para analisar, não estava ali para entender nada. Estava só para ouvir.<br />Ele foi falando, com um tom de voz profundo e engasgado e falava daquilo que lhe consumia ferozmente o sentido de humor tão característico. Aquilo era verdadeira dor.<br />Foi-o ouvindo, dando-lhe todo o espaço do mundo.<br />A cara dele foi-se erguendo devagarinho, e à medida que se erguia ela ia sorrindo.<br />O peso foi caindo, bocado a bocado, como se de terra colada aos sapatos se tratasse, quando mais sacudia mais leve se sentia. A voz foi-se tornando mais firme a cada palavra.<br />Ela deu para contar piadas e trocadilhos, e no fim ele já ria às gargalhadas.<br />Ficaram depois um pouco em silêncio. Ela de novo observava a transmutação das nuvens contra o céu de gelo. Ele observava tudo sem no fundo querer ver nada.<br />Pediu a conta com um gesto já mais solto.<br />Ela deu um pequeno suspiro, quisera fazer mais...<br />Levantaram-se os dois.<br />Ele levou-lhe a mão aos lábios e beijou-a com muito jeitinho, num enorme respeito.<br />-Obrigada minha amiga, desculpa tirar-te assim da cama pela manhã.<br />Ela tocou-lhe ao de leve o rosto, e pregando-lhe um beijo bruto na bochecha fria, atirou-lhe -Tu fazias o mesmo por mim, a amizade não sofre de falta de sono ou de frio. <br /><br />(estou em exames, desculpem lá a falta de posts e a falta de visitas)Joaninhahttp://www.blogger.com/profile/04088502330286344333noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-6828743468841412762.post-44318001024491625682010-05-27T17:56:00.001+01:002010-05-27T17:59:04.061+01:00Amor by José Maria CCNum gesto, fausto<br />grito, teu perfil agudo<br />angular, aflito<br />corta ar, fende universo<br />invade o calor do verão.<br /><br />Nuca esguia, longo colo <br />em espádua larga <br /><br /> estremece e assenta <br />e o mundo inteiro sustenta<br /><br />Desse sustenido grito<br />amor, subtil, se ausenta<br />O ar é gélido, o mar<br />envolve teu olhar<br />de verde, fluido espaço<br /><br />Nunca perfil de garça<br />tão gracilmente passou <br />pisou o solo<br /><br />A ameaça é sempre<br />que, em voo inesperado<br />no azul desapareças<br /><br />Aqui ficarão apenas cinzas<br />mãos vazias de asas<br />aqui olhos e marés<br />rasos de água, sem destino<br /><br />Teu voo será, no entanto<br /> meu hino<br /> voa portanto ...Joaninhahttp://www.blogger.com/profile/04088502330286344333noreply@blogger.com7