Faço aqui regresso as minhas origens, em termos de formação académica, para falar de uma noticia interessante que saiu no Público sobre....
Os nossos produtos típicos! Alimentares leia-se que de renda de bilros eu não entendo nada.
“Especialista acusa governos de não protegerem produtos tradicionais”
Descobriu a pólvora a especialista! Ou não...
Explicando por alto a noticia fala sobre o facto de ser possível fazer derrogações relativamente aos regulamentos comunitários abrindo assim excepções no caso da produção de produtos típicos.
E fala do facto de os nossos sucessivos governos nunca o terem feito!
O que é estranho nisto é que já era do conhecimento geral, pelo menos há dez anos que o governo “papou” tudo o que veio de Bruxelas e nunca abriu o bico com medo de “ofender” suas excelências os ditos países ricos, que nos enchiam o bandulho de subsídios mantendo-nos a boquinha calada com uns euritos mixas que ainda por cima não soubemos aproveitar.
Resultado enquanto a França e a Espanha derrogavam alegremente abrindo excepções para o fabrico dos seus queijos e enchidos tão famosos, nós assassinávamos os nossos em silencio escondidos debaixo da capa sinistra do nosso complexo de inferioridade. Mais grave ainda continuamos a faze-lo. Transformando produtos como o queijo da serra num queijo de ovelha de fraca qualidade
Assim é que a França continua a fazer os queijos de forma artesanal segundo os preceitos milenares em tábuas de carvalho, como sempre, cobertos com palha como sempre, enterrados na terra como sempre e a vende-los como produtos de luxo a preços exorbitantes como sempre. E nós?
Assim é que a Espanha continua a utilizar o loureiro no fabrico dos seus famosos enchidos. E nós?
Portugal tinha uma quantidade de produtos tradicionais que podiam ser um bom motor de desenvolvimento das zonas interiores do pais, mas matou-os.
As derrogações no entanto continuam a ser possíveis de fazer. A especialista que fez o estudo sobre o qual se baseia a noticia pede ao governo que as faça. Mas será que ao fim de 10 anos de continuo massacre ainda há alguém que saiba fazer este produtos como deve ser?
Veremos!
quinta-feira, 8 de maio de 2008
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28 comentários:
Joaninha
Olha que até o fumeiro eles prejudicaram, com a proibição de fumar... os tratantes!
Não defendo as coisas por serem tradicionais, mas por terem valor. E há quem aprecie muitíssimo muitos produtos tradicionais, pelo que deve dar-se condições a quem pretenda continuá-los.
Outra coisa: não creio que tenha sido por ofensa ao que quer que seja, mas a pura e simples incúria.
Abobrinha,
Pois já viste e o tabaco que era tão importante no fabrico tradicional da "bica". O café nunca mais será o mesmo ;)
A verdade é que tinhas queijos enchidos que podiam na pratica fazer concorrencia aos franceses e espanhois e agora já não tens. Aquilo que se passa com os enchidos ou queijos passou-se também com o vinho e com a fruta e até com coisas tão idiotas como o arroz de cabidela. Se leres a noticia entendes.
Não era nada dificil evitar isto, era só mandar fazer um textinho a dizer que para tal e tal não se aplica porque...mas nunca nenhum governo o fez. Porque?
Não sei se é incuria, aacho que é mesmo resultado do nosso complexo de inferioridade perante paises como a frança a espanha e mesmo a inglaterra...
Joaninha
As saudades que eu tenho de ser defumada nos cafés... NOT! A minha pele até acha estranho!
Poderá ser parte incúria e parte inferiosidade, e parte "lisboíce": Portugal é Lisboa e o resto não existe, não quero saber e tenho raiva de quem sabe. Ou por outra, até quero, mas isso seria só relevante se as pessoas fossem responsabilizadas pelo que fazem ou não. Ou seja: não interessa!
Há quem goste muito de ver a "província" selvagem, rústica, com pessoas com bosta até aos joelhos... o que é muito "giro" quando se vai ao fim de semana, dentro dos carros e se regressa ao conforto de casa durante a semana a suspirar por uma vida mais "natural" e "sem stress".
Há ainda um outro problema que é não se reconhecer aos outros o direito a ganhar dinheiro. O vulgar complexo de senhor doutor: eu é que tenho estudos, o parolo tem é que trabalhar para mim baratinho porque eu esforcei-me para tirar um curso e não para trabalho servil. Isto de fazer queijos e enchidos e rendas de bilros não tem nada que ser pago a preço de gente!
Acho que me dispersei um bocado...
Até pode haver quem os queira fazer...
Mas cuidado, que a ASAE não saiba!
Maf,
Bem vindo a este pequeno espaço, Volte sempre que quizer.
A gente aqui não conta nada a ASAE :)
Joaninha
Ocorreu-me uma piada acerca da qualidade dos enchidos portugueses... mas era badalhoca demais... e isto é um blogue sério, de uma mulher casada... olha que pena!
De acordo, mas... e o que faz a sociedade civil? Nem tudo tem que estar no governo. Compete aos movimentos, associações de produtores, as autarquias, etc, partirem para a luta.
António,
E existiram associações que o fizeram mas quem tem de mandar as derrogações para bruxelas é o governo, mas mesmo em casos em que o trabalho foi feito por essas associações quando chegou as mãos do governo perdeu-se e nunca mai ninguem o biu ;)
MAs é certo que a sociedade civil em portugal tb sofre de um enorme complexo de inferioridade.
Joaninha, é das melhores coisas que já li e a mais pura verdade. É o que dá ser servil, ser fraco, ser uma merda enquanto políticos.
Soa mal e a falso quando ouvimos ou lemos 'defender os nossos interesses estratégicos' porque é coisa que nem se faz e em que se não acredita.
PALAVROSSAVRVS REX
"Transformando produtos como o queijo da serra num queijo de ovelha de fraca qualidade"
Parece haver no post uma ideia de que o tradicional é que é bom. Quanto mais artesanal, melhor.
Não percebo porque é que haverá diferença significativa se se utilizar meios de produção industriais na qualidade final do produto!
Será que é um problema de higiene? Nesse caso mostre-se que esta não é uma questão.
Admito que possa haver num caso ou noutro excesso legislativo, (tipo obrigatoriedade de embalagens de azeite individualizadas, arghh)...
Ou o problema é que queremos manter "empresas" familiares que são inviáveis em mercados alargados? Pois associem-se! Os eventuais custos de uso de aço inóxidável e outras exigências seriam diluídos...
Osvaldo meu caro, seja bem vindo (se bem que acho que aterraste aqui por engano, talvez levado por um comentário em outro blog, mas se te deixa mais feliz aqui tb não se aprende grande coisa)
Quanto ao que dizes. A questão está não no facto dos produtos serem artesanais, mas nas normas de produção da comunidade. O queijo da serra era curado em cima das mesas de madeira de carvalho, não por acaso, mas porque para a cura ficar bem feita e para que o queijo tivesse o sabor que o caracteriza tinha de ser exposto a bacterias que existiam na madeira, e que não fazem mal a ninguem. Ao modificar isto modificaste a qualidade do queijo. Depois, o queijo da serra, o verdadeiro queijo da serra nunca foi 100% ovelha, era 80% ovelha e 20% cabra, agora tem de ser feito só com ovelha, porque os senhores politicos cagaram uma sentença sem verificarem como era feito o queijo. Já não podes usar o cardo (um plantinha) para coalhar o queijo, tens de usar um quimico, esse quimico altera o sabor do coalho, resultado estragaste o queijo!
ou seja, a madeira, o cardo, o tipo de leite tudo isto é essencial para a qualidade do produto final. Mas a questão não é a industrialização, a produção de alguns deste produtos pode ser industrializada sem prejudicar a qualidade. Porque é que portugal não procedeu as derrogações a que tinha direito relativamente a esses produtos? Tu podes criar as associações que quizeres, mas as derrogações tem de ser enviadas á comunidade pelo nosso governo e o nosso governo não o faz, porque? Ninguem sabe, ou se sabe não diz ;)
REX,
vindo de ti é um elogio e tanto!
Eu não me zango muito nem tenho a capacidade palavrosa que tu tens, mas tb mordo as vezes...
Aparentemente o Queijo da Serra da Estrela CERTIFICADO (denominação de origem) só tem leite de ovelha e é curado com cardo!
http://queijoscasamatias.com/certificacao.htm
O que não quer dizer que não possa haver outras soluções (combinações de ingredientes) deliciosas, mas aparentemente não poderá ser chamado "Queijo da Serra da Estrela".
"A questão está (...) nas normas de produção da comunidade [europeia]"
O que é que esta frase significa exactamente? Que parte da legislação é que o governo devia mandar às urtigas?
"O queijo da serra era curado em cima das mesas de madeira de carvalho, (...)para a cura ficar bem feita e para que o queijo tivesse o sabor que o caracteriza tinha de ser exposto a bacterias que existiam na madeira, e que não fazem mal a ninguem"
Restos de produtos lácteos são alimento para formas genéricas de bactérias, não só para as que nos são razoavelmente inofensivas... De qualquer modo, se a bactéria Bacilus FasBomSaborium for importante seria perfeitamente possível criá-la laboratorialmente... o que não falta por aí são produtos com Lcasei Nãoseiquemais....
Admito que não é fácil mudar legislação se não se for um lobby (muito) poderoso, mas o português tem de aprender a lutar com as armas que tem: ou seja, se se sente prejuduicado só tem de por o Estado em tribunal.
PS - Não passei por acaso, embora só passe raramente. Deixei há uns tempos um comentário sobre a aversão das joaninhas às baratas... ou seria às aranhas?
Osvaldo!
Era e é ás aranhas, então eras tu! seu sacripana ;)
As baratas não me chateiam nada
Mas a questão é mesmo essa, aquando da certificação do queijo eles cometeram um erro, o queijo da serra antes da certificação não era 100% ovelha, pergunta a qualquer queijeira. Eu mesma vi fazer o queijo durante muito tempo. Quando se fez a certificação, cometeu-se esse atentado e nunca ninguem o corrigiu. E cometeu-se este erro porque quem o certificou não sabia o que estava a fazer.
O cardo agora já é proibido, no tempo em que o QS foi certificado não era. Mas muitas fabricas já não o utilizam devido a nova lei.
As tabuas em si aromatizavam tb o queijo e acredita que não é a mesma coisa que atirar para lá uns pozinhos. A quimica alimentar tem muito que se lhe diga e é verdade que pequenas mudanças alteram a qualidade do produto final :)
Tal como o pau de loureiro que agora é proibido no fabrico do fumeiro, no então os espanhois derrogaram relativamente a alguns dos seus enchidos, nós cá nicles.
Agora prova o fumeiro espanhol e o nosso e diz-me cá se não há diferenças enormes.
A comunidade europeia, lançou directivas relativamente a produção alimentar.
No entanto reserva o direito aos paises de fazerem derrogações relativamente a produtos tradicionais.
No caso do uso das tabuas, por exemplo. A comunidade diz, não se podem usar. O pais diz, aceitamos mas, no caso do produto X não porque.....altera o produto, reduz a qualidade impede a produção etc, etc, entendes? Não é deitar as directivas para o lixo é abrir excepções em caso de produtos tradicionais de interesse particular para o pais.
E isto é um direito que os paises tem, que podem e devem utilizar. Todos utilizaram, a espanha a frança até a grecia, mas portugal, por um estranho fenomeno qualquer não o fez em relação a NENHUM dos seus produtos, nem mesmo em relação ao azeite!
"Não percebo porque é que haverá diferença significativa se se utilizar meios de produção industriais na qualidade final do produto!"
Bom, ha dois anos atrás tirei um curso de formação para jovens empresarios agricolas na adruse em Gouveia, ou seja, eu vivo na serra da estrela. Fizemos milhares de visitas a queijarias, e estudamos todas as maneiras de fazer o queijo, a tradicional e a actual. Para além do queijo antigamente ser feito de 80% ovelha, 20% cabra, era curado em tabuas de carvalho e era utilizado o cardo como coalhante, hoje em dia o queijo é feito com queijo de ovelha Bordaleira da Serra da estrela, e mais nenhuma, sem contar que, as grandes superficies, como a Fabrica do mateus ali em s romao, fabrica de queijo da serra, como nao ha leite de bordaleira da serra da estrela suficiente, usam queijo de VACA! O que claramente nao tem nada a ver com o original queijo da serra. para alem disso, o queijo era feito na altura em que devia ser feito, ou seja, quando as cabras e ovelhas tinham leite, hoje em dia, quando se compra um queijo da serra, o mais provavel e estares a comprar um queijo que foi congelado de um ano para o outro, porque como aquilo é produçao em massa, sobra queijo todos os anos, e eles congelam e depois vendem.
Na optica do consumidor: Eu quando era miuda adorava queijo da serra, hoje em dia, nao o consigo comer... acha que isso nao diz nada em relação a qualidade do produto?
Olá Joaninha
A esta hora da madrugada já vou trocando as letras pelas muitas cabeçadas que vou dando na mão...
Virei certamente amanhã para ler esta sua postagem.
Um bom domingo
António
Estou aqui sentado, a ouver os especialistas. Deliciado, que eu de marcas de bactérias não percebo nada. Mas está a dar-me um gozo danado ouver a Joaninha a falar de bactérias que aspergem o queijinho com aromas de carvalho (sem malícia...!) e o tornã munto más apetitoso (forã os mês antepassados alentejanos falando). Porque tornã mêmo, porra!
Oh! Osvaldo! Os produtos artesanais não são necessariamente melhores, mas a maioria até é! É que, parece-me, a multiplicidade de elementos presentes e a complexidade dos processos que o fabrico acabou por incluir ao longo dos séculos, quando não de milénios, não é tão fácil nem de determinar nem de reproduzir industrialmente.
Quanto aos riscos para a saúde, bem... quem anda à chuva, molha-se! Mas olhe que os mês antepassados, que trabalharam com trigo, carne e leite, nunca tiveram problemas de intoxicação alimentar. E casos desse tipo lá na aldeia terão sido raros. Quanto a mim, já apanhei produtos industriais super-liofilizados que... valha-me Sta. Engrácia!
Joaquim
"É que, parece-me, a multiplicidade de elementos presentes e a complexidade dos processos que o fabrico acabou por incluir ao longo dos séculos, quando não de milénios, não é tão fácil nem de determinar nem de reproduzir industrialmente."
Tanta complexidade e conseguiu ser passada, sem perdas, entre gerações?
Creio que há subestimação das capacidades de engenharia actuais.
"Quanto aos riscos para a saúde,(...)os mês antepassados, que trabalharam com trigo, carne e leite, nunca tiveram problemas de intoxicação alimentar. E casos desse tipo lá na aldeia terão sido raros."
Será que não?
Creio que demasiada higienização trás problemas no desenvolvimento da imunidade, no caso humana, e demasiadas agressões podem acabar por enfraquecer a dita e permitir infecções oportunistas mais graves.
"Creio que demasiada higienização trás problemas no desenvolvimento da imunidade"
Não creias, trás mesmo!
É como já te disse no post da Abobrinha, no meio é que está a virtude Osvaldo ;)
O que se passa, nesta matéria, é uma vergonha e só prova que os nossos governantes estão mais interessados no crescimento da economia dos outros, do que na das pessoas deste pobre país.
Um abraço.
Joaninha
Desculpa lá, mas dizer no meu blogue que a virtude está no meio pode dar origem a muitos mal entendidos... ainda bem! Porque o meu não é o blogue de uma mulher casada!
Digo eu que no meio está muito mais que a virtude! E não me perguntes o que isto quer dizer porque eu também não sei: pareceu-me badalhoco, por isso escrevi.
Olá Joaninha,
Bastou-te redigir um artigo mais politiqueiro para logo surgir uma catrefada de comentários. :)
Estou de acordo com o que escreveste.
Subscrevo igualmente o comentário da Allanah, confirmo que muito do leite utilizado na produção do queijo é de vaca, só acrescento que a maioria é adquirido em Espanha. Basta fazer as contas comparando os litros de leite produzido pelo pequeno número de ovelhas Bordadeiras da Serra e os quilos de queijo que são produzidos por ano, a diferença é abismal. Acrescento apenas dois pontos. O primeiro, que para ser tradicional não basta ser leite produzido por ovelha Bordadeira, temos que contar com a sua alimentação; ser alimentada por ração ou erva vai uma grande diferença (no sabor). O segundo, que o queijo também pode ser curado no meio do milho ou do centeio, pelo menos era isso que a minha avó fazia... não vos conto nada, dava cá um sabor... e que se conste nunca morreu ninguém por isso.
Caro Osvaldo Lucas,
“Admito que não é fácil mudar legislação se não se for um lobby (muito) poderoso”
Não creio que a actual situação se modifique, o único lobby poderoso existente pertence aos grandes produtores de queijo e o legislador nunca saiu do escritório para saber qual é a diferença entre um queijo produzido de forma tradicional ou em série. Isto pode ser extrapolado a todo o género de produtos tradicionais.
“se se sente prejudicado só tem de por o Estado em tribunal.”
Apesar de existir uma primeira vez para tudo, da maneira que está a nossa justiça, só daqui a 10-15 anos estaria julgado e em primeira instância.
Gostaria de saber em que país habitas. ;)
“Ou o problema é que queremos manter "empresas" familiares que são inviáveis em mercados alargados? Pois associem-se! Os eventuais custos de uso de aço inóxidável e outras exigências seriam diluídos...”
Empresas familiares que são inviáveis em mercados alargados??? Credo! Que conversa tão Cavaquista e Ferreira Leitista, quem deve decidir se uma empresa é viável ou não é o mercado, não o Estado, e que se saiba regular em defesa dos produtos tradicionais não é o mesmo que subsidiar as empresas que os produzem nem prejudicar os consumidores.
Já agora só por curiosidade, na terrinha do meu Pai (uma freguesia de S.Romão) há 3 fábricas/queijarias que produzem enormes quantidades de resíduos industriais. Apesar das inúmeras chamadas de atenção às autoridades competentes só uma delas se encontra ligada à estação de tratamentos de resíduos sólidos, as outras “tratam-nos” a céu aberto e depois lançam-nos na ribeira ou nos terrenos circundantes. Que rica higienização... :P
"no meio é que está a virtude".
Qual? A da Sta. Engrácia?
Osvaldo:
Não duvido de que tenham perdido coisas, penso mesmo que isso é inevitável em qualquer processo desse tipo. Mas também não duvido de que se tenham acrescentado outras.
E também não subestimo a engenharia. Só que haverá coisas que não conhecemos desses processos porque nem sequer nos lembramos de que possam ter importância ou porque o encadeamento dos nossos raciocínios não se encaminham nessa direcção. Em primeiro lugar porque os parâmetros em que pensamos estão condicionadíssimos pelos conceitos da nossa época e pelo patamar em que hoje se encontra a nossa cultura. Em segundo lugar, porque nós não nos lembramos das coisas quando queremos, nem sequer de investigarmos num determinado sentido.
Se bem que tentemos e nos sintamos levados a tentar sempre.
JP,
Acho que ainda não bateu o post da " Luta na lama".
É verdade era mesmo isso que eu ia dizer. Que se fizeres as contas o efectivo ovino existente em Portugal nunca conseguiria produzir leite suficiente para a quantidade de queijo produzida. Por isso recorrem a tudo, desde de leite de outras raças ovinas até leite de vaca.
jpvale
"confirmo que muito do leite utilizado na produção do queijo é de vaca"
a) O mercado come qualquer coisa, ou seja a venda tem a ver com o nome de Queijo da Serra e não com a qualidade
b)Os certificadores/controladores de qualidade estão a fazer um trabalho "exemplar"
Pessoalmente estou-me nas tintas para denominações de oigem, certificações diversas, etc. Provo a MARCA X do fabricante Y (acho que tem de estar nos rótulos), faço a razão custo/sabor, se gostar óptimo, se não...
"da maneira que está a nossa justiça, só daqui a 10-15 anos estaria julgado e em primeira instância"
Touché! But, "(...) os moinhos de Deus moem devagar mas moem finíssimo", in http://www.escritacriativa.com/modules/news/article.php?storyid=13660
"as outras “tratam-nos” a céu aberto e depois lançam-nos na ribeira ou nos terrenos circundantes."
Isto serão outras guerras (posts)...
Vieira Calado,
seja bem vindo ao Joaninha!
Tem toda a razão, lá está é o nosso complexo de inferioridade!
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