Nunca acredites em alma pura de sentimentos...
Os sentimentos nunca são assim tão brancos puros.
Nem sequer naqueles determinados momentos!
Não acredites tanto na inocência, ó inocente!
Nem mesmo a melhor das almas é assim tão doce,
Todos temos um lado cruel, louco e demente!
Por isso não acredites quando choro desalmada,
Quanto digo com voz carente, que não é a ti que culpo.
Todos mentem, sem remorsos e de forma descarada.
Mentiras dolorosas, comentários cruéis e insultuosos.
Olhares de frio e veneno cuspido entre dentes caninos.
Frases e escritos, escritos em caneta e punhos furiosos.
Não acredites agora tu ó pio firme e tolo inocente,
Que é diferente neste momento mais ímpio, o mais impuro.
Posso estar a mentira agora, posso ter mentido sempre...
quarta-feira, 14 de maio de 2008
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8 comentários:
Eu não tenho ilusões sobre o fascinante universo feminino(1)... mas acredito nas almas puras, até porque o mal nos toca a todos de forma diferente...
(1) Espero que o Josh não leia isto…
Será?
Pois assim não sei se acredite...
Escuto estremunhada
Os gritos do pavão
Nem sei se estou acordada
Mas parece-me que não
É ainda madrugada
E ontem fiz serão...
Bjs
A nossa alma é poligonal. Há por aí blogues que só visitam os colegas assépticos, os colegas construtivos, os colegas que nunca se rasgam e expõem na dor que deveras sentem e que só pela escrita transformarão em fingimento. Gente tão convencional, tão convencional, que me dói que se não solidarizem jamais com os teus cortes e os meus cortes.
«Ó inocente» - esta apóstrofe é, como muitas das minhas, um espinho à leitura porque nos espreme de ignorância: a quem se dirigirá ele?! Serei eu? Será alguém que eu conheço?!
Quantas e quantas vezes ninguém escapa de vestir perfeitamente as minhas apóstrofes! Já fiz poemas duros dedicados a amigos que nem imaginam que lhos dediquei, esses poemas em que sangrei como um cordeiro sob o cutelo dos meus ressentimentos e sedes de ser compreendido e amado, sobretudo quando inexplicavelmente (talvez à medida que nos vamos tornando lúcidos e conscientes demais do que são e fazem os outros) a frieza e a distância se vão estabelecendo.
bjs
PALAVROSSAVRVS REX
Acredito, sim... sou crédulo até ao fim!!! :)
Olha só que versinho ainda há pouco deixei lá naquele blog importante dos mais sábios:
- Espelho meu: Há alguém mais crédulo do que eu?
- Nem pensar! No mundo inteiro ninguém tão parvo apareceu!
Como vês, grosso motivo de orgulho ... liberta-te do entulho!
Olha, eu vinha publicitar o vídeo da cientista, mas talvez já o tenhas visto no Que Treta.
Assim, troco-o por uma musiquinha bem nice, que encontrei por acaso:
Funny van Dannen - Die Liebe
Ouve-a feliz e sorri...
Rui leprechaun
(...e gosta muito de TI! :))
António,
Almas puras são um mito urbano ;) assim como "o fascinante universo feminino"
Perla,
Que bonito o que escreveste.
Josh,
A ti só te digo uma coisa, na mosca meu caro ;)
Gnomo,
Eu gosto mesmo muito de mim, não se nota?
"Já fiz poemas duros dedicados a amigos que nem imaginam que lhos dediquei..." que buscas Josh?
Tudo se resume a um bater de asas de uma joaninha... sabes disso?
antónio, essa é uma visão um bocado minimalista das coisas.
É a mesma visão que a Apple tem dos ratos de computador, que são lindos mas não servem de muito.
Principalmente os poetas (rs).
"o poeta é um fingedor..."
Bjs
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