Sentada na poltrona do seu espaçoso gabinete situado no coração do bairro alto, a Professora Drª., de ar confiante e sereno, com traços finos e elegantes, nova, mas com uma sabedoria especial no olhar, ouve os seus doentes com calma. Os seus doente deprimidos, nervosos, neuróticos e ansiosos, afectados por todos tipos de doenças daqueles que moram numa cidade doente. Numa cidade, inserida numa sociedade, que consome a nossa auto estima, a nossa capacidade de reagir positivamente e sem medo aos desafios que a vida nos atira à cara todos os dias. Ela ouve, conversa, e toma notas pequeninas naquela ficha misteriosa que todos os doentes gostariam de ler, não de relance, mas com atenção.
No fim, os doentes saem de lá mais calmos, mais serenos, com menos medo, e no entanto foi apenas uma conversa tranquila, informal, mas o truque está, não no conteúdo da conversa, mas com quem a acabamos de ter.
quarta-feira, 10 de janeiro de 2007
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2 comentários:
Exactamente . E isto apenas e só porque ela deu o seu tempo.Actualmente ninguem tem tempo para ninguem .......anie hall
Exactamente. E apenas porque ela deu do seu tempo .Actualmente ninguem tem tempo para ninguem...
annie hall
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