sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Ando em busca

Ando em busca da minha inspiração. Daqueles meus momentos solenes de escrita emotiva, sentida. Toda ela despida de pretensão, muito eu, muito minha.
Quero de volta os dias de encontro comigo mesma, em que os sentimentos me afloravam aos dedos em cérebro fervia, naquele exercício masoquista, egoísta e tresloucado que é para mim a escrita. Cheio de engodos, vómitos de palavras, dores, eram sempre carregados de dores . O isolamento maravilhoso, a convulsão, o desespero! Não, minhas mãos não te acompanham...Derreada na cadeira frente ao lume, como quem correu a maratona no espaço de um parágrafo.
O freio a mim não me assenta bem, tolhe-me a inteligência, rói-me as entranhas...
Adoro sonhar, adoro inventar, adoro sofrer imaginando os fins mais trágicos, a felicidade de enlouquecer.
Tenho saudades do meu mundo. Vá lá, deixem-me sonhar...

1 comentário:

Krippmeister disse...

Para quê sonhar? Agarra esse momentos de volta. São teus por direito e são um escape para todas essas emoções turbulentas que de vez em quando fervem dentro de nós. Aprendeste a fazer desses turbilhões uma fonte de inspiração. Não abandones isso nunca.

E depois claro... partilha o resultado conosco.

Beijo