Pois a serenidade é coisa que não me assiste.
Diziam que viria com a idade, a idade vem vindo todos os dias. A serenidade, nem a vejo nem a viste!
Disparatam completamente insistindo – “O conhecimento cresce com o tempo, Ficamos mais maduros, sabios!
Pois, eu digo, o tempo vem passando, já o conhecimento esse nem aumenta, nem se mexe!
Qual maturidade qual quê!
Por esta altura devia ser uma mulher serena, sábia, de bem comigo e com os outros e já agora com algum sentido de humor, e não uma miúda com rugas na cara sarapintada e expressão toda cheia de linhas inesteticamente reveladoras do seu descontentamento interior e não só!
E nem me venham com a conversa que temos que ser nós a procurar o caminho!
Então afinal tenho de fazer tudo sozinha? Mas isso não é suposto ser uma coisa natural!?
Querem ver que, mais uma vez, como sempre, tenho de trabalhar para isso...
Não tenho de trabalhar para me caírem as rugas na testa essa é que é essa! Todos os dias nasce mais uma, juntamente com dois cabelos brancos!
E dói aqui e dói ali, e vai ao médico, e tal e tal! Irra! E depois, paga impostos, faz isto e mais aquilo. Responsabilidades é quantas quiserem, é para mim e para 10 iguais! É normal, faz parte, crescer é isso mesmo!
Se é, quem raios é que inventou essa coisa do crescer!?
Mas está tudo tolo!
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
Ando em busca
Ando em busca da minha inspiração. Daqueles meus momentos solenes de escrita emotiva, sentida. Toda ela despida de pretensão, muito eu, muito minha.
Quero de volta os dias de encontro comigo mesma, em que os sentimentos me afloravam aos dedos em cérebro fervia, naquele exercício masoquista, egoísta e tresloucado que é para mim a escrita. Cheio de engodos, vómitos de palavras, dores, eram sempre carregados de dores . O isolamento maravilhoso, a convulsão, o desespero! Não, minhas mãos não te acompanham...Derreada na cadeira frente ao lume, como quem correu a maratona no espaço de um parágrafo.
O freio a mim não me assenta bem, tolhe-me a inteligência, rói-me as entranhas...
Adoro sonhar, adoro inventar, adoro sofrer imaginando os fins mais trágicos, a felicidade de enlouquecer.
Tenho saudades do meu mundo. Vá lá, deixem-me sonhar...
Quero de volta os dias de encontro comigo mesma, em que os sentimentos me afloravam aos dedos em cérebro fervia, naquele exercício masoquista, egoísta e tresloucado que é para mim a escrita. Cheio de engodos, vómitos de palavras, dores, eram sempre carregados de dores . O isolamento maravilhoso, a convulsão, o desespero! Não, minhas mãos não te acompanham...Derreada na cadeira frente ao lume, como quem correu a maratona no espaço de um parágrafo.
O freio a mim não me assenta bem, tolhe-me a inteligência, rói-me as entranhas...
Adoro sonhar, adoro inventar, adoro sofrer imaginando os fins mais trágicos, a felicidade de enlouquecer.
Tenho saudades do meu mundo. Vá lá, deixem-me sonhar...
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