De eterno se fez finito o céu, quando escorrendo tinta se deitou para dormir. Deixou-o com um amargo de boca.
Para poder ver tentou acender um fósforo, mas este morreu na lixa, chispando num queixume áspero e doloroso.
Não consigo ver...Pensou...
Deitou de novo a cabeça na almofada crocante de erva e geada...Está frio - murmurou.
A noite, como o dia, não é eterna, no fim o sol sempre se ergue, a luz sempre se acende e os meus olhos voltam a ver-te!