Entranhada no peito, com garras que gentilmente se agarram, qual fardo de palha, que parece não pesa quase nada, mas pesa tanto.
De a carregar tenho já as costas dobradas, sob a carga que me oprime o colo, da falta que sinto de te ver o rosto, de te sentir o cheiro, meu bem.
São milhares, diminutas recordações tuas. São tantas como as palhas que entrelaçadas formam o peso que me pesa, mesmo sabendo que não pesa nada.
A saudade embrulha no bater do coração, no correr do pensamento que incessantemente te busca, te vê constantemente onde já não estás, te sente onde quer que vá.
Verga-me o saudoso vigor dos teus braços, quebra-me o frio da tua ausência, quando perdida nas tuas recordações, em gracioso estado de alma, me recordo da quentura da tua presença, meu bem.
Ficam-se-me os olhos na infinitude do caminho que tomaste, quisera tanto faze-lo contigo, mas não me deixaste...Fiquei, sentindo-te ido da minha presença, injustamente privada da tua beleza...
E não é que não viva, porque vivo com efeito, vivo muito, todos os dias, mas... É que entranhada no meu peito, com garras que gentilmente se alapam no meu coração, qual fardo de palha que não tem peso, mas pesa tanto, a saudade de ti me consome e me acaba. Sinto a tua falta todos os dias, macera-me a alma não te ver no meio da multidão, meu sempre suave bater de coração.
Sabe meu bem que cada vez que pareço perdida na realidade não estou, apenas te imagino, e sabe que se me sinto vazia é porque te não tenho, e se não sou inteira é porque levaste parte de mim na tua algibeira. Meu bem secretamente sabe que te espero, em desespero sentido te espero, vivendo te espero, esperando secretamente ver-te, procurando a rua que subiste quando desapareceste...Busco-te saudosamente.
segunda-feira, 29 de março de 2010
segunda-feira, 22 de março de 2010
quinta-feira, 11 de março de 2010
Solidão by José Maria CC
Não são as horas
o ar outonalisou-se
Um frio estranho
envolve a terra .
Quebradas
de verão
noites quentes
dentro de min
choram matinas .
Não te encontrei
não perduram alma
beijos que te dei
Não são as horas
é o que não ficou delas ...
Mais uma prespectiva sobre solidão...
o ar outonalisou-se
Um frio estranho
envolve a terra .
Quebradas
de verão
noites quentes
dentro de min
choram matinas .
Não te encontrei
não perduram alma
beijos que te dei
Não são as horas
é o que não ficou delas ...
Mais uma prespectiva sobre solidão...
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