Todos temos os nossos momentos, uns claros e divinos, outros negros e em muito terrenos e como todos também eu me circunscrevo a um ondular insano de tempos, mas em nada sou perfeita.
Pois que se perfeita fosse, se existisse em mim centelha de perfeição, seria bem mais serena, sempre em perpétuo estado de graça, passado pela vida como quem por ela simplesmente passa, deixando atrás de si chãos e fios infinitamente longos de tenra felicidade.
Não há em mim, no entanto, intenção de perfeição alguma, mas apenas simples e caótica alternância de momentos de terror ou felicidade pura.
Certo é que, se a dado momento, num centésimo de segundo aparentar eu, pese embora a ilusão, alguma perfeição, esta é reflexo, sem duvida, de alma tua e não de minha.
Assim, se por ela, perfeição, alguma vez rasei, foi sem intenção, foi culpa tua, minha não.
terça-feira, 21 de julho de 2009
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Venham de lá...
esses ossos meus caros, primeiro ano do curso feito, todo.
Apenas uma ida a exame, seguida de uma ida a oral e um 12 no fim...De resto tudo feito à primeira.
Certo é que a média não é brilhante, anda ali na casa do 13, mas podia ser pior.
Agora vou ter de dormir as férias todas para recuperar. hehehe
Agradeço a todos que me foram dando o seu apoio e deixo um cumprimento especial ao Sr. Dr. Quinn pelas dicas a Administrativo.
Em Setembro volto às lides universitárias, agora a ver se dou um avanço ao conto que tenho estado a por aqui.
Apenas uma ida a exame, seguida de uma ida a oral e um 12 no fim...De resto tudo feito à primeira.
Certo é que a média não é brilhante, anda ali na casa do 13, mas podia ser pior.
Agora vou ter de dormir as férias todas para recuperar. hehehe
Agradeço a todos que me foram dando o seu apoio e deixo um cumprimento especial ao Sr. Dr. Quinn pelas dicas a Administrativo.
Em Setembro volto às lides universitárias, agora a ver se dou um avanço ao conto que tenho estado a por aqui.
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Mais um excerto.
Mais um bocadinho do conto, espero que gostem. Nas férias vou trabalhar nele.
"Entretanto o patrão, o comprido e esguio Dr. Pavão, esperava a mulher junto à entrada, havia festa em casa dos Malheiros, com direito a fraque e a vestido de gala.
Também Gabriela estava convidada, teria de ir, toda enfeitada, mas a o seu coração estava de luto, como poderia sorrir se o que queria mesmo era fugir de tudo, fugir por nada.
O pai não era um homem paciente, disso a princesinha estava ciente, por isso apesar do desgosto, vestiu o belo traje e pintou o rosto. Desceu a escada de cara amarrada, ninguém lhe arrancaria um sorriso, menina danada.
O pai desfiou um elogio qualquer, que ela não quis sequer ouvir e deu o braço à mulher, preparando-se para sair.
A mulher do Dr. Pavão era esculpida em perfeita pedra branca, toda ela reluzia, a beleza era tanta que cegava quem a via. Invejada pelos pares do Dr. de cauda grande, provocava invejas nas mais pobres de beleza, que a acusavam de ser falsa, com certeza.
Não era falsa, era verdade, Deus fizera tamanha maldade e esculpira tamanha graça que se passeava no meio da praça de entrada, na casa dos Malheiros com o seu caudaloso companheiro, que de peito inchado pavoneava o seu achado.
Atrás deles vinha Gabriela de vestido leve como ela.
A bela senhora não era sua mãe, e de pouco lhe servia, mas isso não a ralava também, a sua mãe fugira há muito de todo aquele mundo poluto onde o pai gostava de se pavonear. Aquele mundo falso com vista para o mar.
Gabriela gostaria de fugir também, gostaria de fugir e procurar a sua mãe. Mas o pai não a deixava, dizia que a mãe a tinha abandonado, mas ela sabia bem quem ela abandonou.
Não lhe guardava magoa nem rancor, sabia que mãe lhe tinha amor.
Bonita a princesinha perfeita com movimentos cantantes e cabelo em trança, entrou pelo palácio dos Malheiros, sem esboçar um sorrir, olhando todas aquelas pessoas ocas, cheia de vontade de fugir.
Atrás deles outro carro longo, esticado, preparava a entrada pelos portões de cadeado mas teve de esperar um bom bocado, entre os guardas e o arame farpado.
O porteiro perguntou solicitando o convite ao senhor cavalheiro que de dentro do carro de trás lhe sorria.
Mas o chouffer de barba cinza respondeu - o Barão não necessita de convite digo-lhe eu.
O porteiro ficou desconfiado não gostou do tom autoritário.
-Aqui sem convite não se entra, são as ordens de sua excelência.
-Pois diga-lhe então, que está aqui o Barão.
-O Barão de onde?
-Ora o Barão primo do Conde!
-De que Conde?
-Do Conde de Malheiros – Bufou o chouffer, grunhindo entre dentes – É pior que uma mulher.
-Mil perdões senhor Barão, siga em frente pela vedação."
"Entretanto o patrão, o comprido e esguio Dr. Pavão, esperava a mulher junto à entrada, havia festa em casa dos Malheiros, com direito a fraque e a vestido de gala.
Também Gabriela estava convidada, teria de ir, toda enfeitada, mas a o seu coração estava de luto, como poderia sorrir se o que queria mesmo era fugir de tudo, fugir por nada.
O pai não era um homem paciente, disso a princesinha estava ciente, por isso apesar do desgosto, vestiu o belo traje e pintou o rosto. Desceu a escada de cara amarrada, ninguém lhe arrancaria um sorriso, menina danada.
O pai desfiou um elogio qualquer, que ela não quis sequer ouvir e deu o braço à mulher, preparando-se para sair.
A mulher do Dr. Pavão era esculpida em perfeita pedra branca, toda ela reluzia, a beleza era tanta que cegava quem a via. Invejada pelos pares do Dr. de cauda grande, provocava invejas nas mais pobres de beleza, que a acusavam de ser falsa, com certeza.
Não era falsa, era verdade, Deus fizera tamanha maldade e esculpira tamanha graça que se passeava no meio da praça de entrada, na casa dos Malheiros com o seu caudaloso companheiro, que de peito inchado pavoneava o seu achado.
Atrás deles vinha Gabriela de vestido leve como ela.
A bela senhora não era sua mãe, e de pouco lhe servia, mas isso não a ralava também, a sua mãe fugira há muito de todo aquele mundo poluto onde o pai gostava de se pavonear. Aquele mundo falso com vista para o mar.
Gabriela gostaria de fugir também, gostaria de fugir e procurar a sua mãe. Mas o pai não a deixava, dizia que a mãe a tinha abandonado, mas ela sabia bem quem ela abandonou.
Não lhe guardava magoa nem rancor, sabia que mãe lhe tinha amor.
Bonita a princesinha perfeita com movimentos cantantes e cabelo em trança, entrou pelo palácio dos Malheiros, sem esboçar um sorrir, olhando todas aquelas pessoas ocas, cheia de vontade de fugir.
Atrás deles outro carro longo, esticado, preparava a entrada pelos portões de cadeado mas teve de esperar um bom bocado, entre os guardas e o arame farpado.
O porteiro perguntou solicitando o convite ao senhor cavalheiro que de dentro do carro de trás lhe sorria.
Mas o chouffer de barba cinza respondeu - o Barão não necessita de convite digo-lhe eu.
O porteiro ficou desconfiado não gostou do tom autoritário.
-Aqui sem convite não se entra, são as ordens de sua excelência.
-Pois diga-lhe então, que está aqui o Barão.
-O Barão de onde?
-Ora o Barão primo do Conde!
-De que Conde?
-Do Conde de Malheiros – Bufou o chouffer, grunhindo entre dentes – É pior que uma mulher.
-Mil perdões senhor Barão, siga em frente pela vedação."
sexta-feira, 10 de julho de 2009
segunda-feira, 6 de julho de 2009
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