No escuro, bem escuro o fundo do meu peito. Alimentei, deitada no meu leito, um sentido nebuloso ao meu tormento.
Atormentada a cada segundo pelo seu pérfido crescimento, mas incapaz de lhe cortar o destino, pelo menos naquele momento, deixei-o, escurecendo o sentido velado do meu sentimento.
No escuro, deitada no leito, ele cresceu arfante e gigantesco no meu peito, e eu deixei.
No leito, no escuro, eu via, eu sentia?
Tão bem o via e sentia, tão mimosamente o mimava, afagava com um certo carinho e muito medo do seu destino. Por muitas vezes ensandeci, embrulhada na sua ira, nas contracções dolorosas da furia devoradora da minha criação maligna.
Mas que podia eu fazer? Se ele era o meu menino.
O meu menino não é de Oiro, é de ódio feito, alimentado a quinino, mimado a preceito, com muito veneno e carinho!
O meu menino que embalei no peito, o meu menino perfeito, nunca ninguém descobrirá que é feito de pura maldade, que apenas se alimentou de crueldade, que é dessa sua natureza que lhe vem toda a genialidade.
No escuro, bem escuro no fundo do meu peito, alimento de novo um novo sentido escuro ao meu sentimento, dou de novo alento ao meu mais indigno e terrifico tormento.
Um novo menino me cresce no peito, rodopiando em mim aquando no silêncio do meu leito...
quarta-feira, 25 de março de 2009
terça-feira, 24 de março de 2009
quinta-feira, 19 de março de 2009
sexta-feira, 13 de março de 2009
Em vazio intelectual
Àh! O belo vazio intelectual...
Buraco negro imenso, maior que o centrão da nossa galáxia leitosa, para onde é sugado todo o conhecimento, adquirido à força da queima de pestanas...Esses belos elementos pratico/decorativos que sobre os olhos nascem enformando-os.
É fulminante! Completamente impossível de recuperar o conhecimento que vai, desfeito em partículas sub-atomicas, consumido em sofrimento pelo belo vazio intelectual!
É assim que em lamurias imensas, recorrendo às poderosas contraforças do esquecimento tentamos salva-lo, esse precioso saber imenso, ou ínfimo, o que seja, do devorador negrume violento do imenso buraco central do cérebro em esforço.
Salva-se então apenas o periférico, o indirecto, aqueles complementos locais do que devia ser um enorme conhecimento central...e claro o bom senso...
Ser salvo, in extremis, do meio um coice de hormonas poderoso, de revolução interior acoitada pelo medo, pela raiva de estar perdido, pelo desespero profundo, já em quebra, por uma voz que se eleva...”Pense...Faz todo o sentido”. É delicioso meus amigos ;)
E pronto, mas para quem se preocupa com o meu estado mental, que meus caro sejamos honestos, está bem longe do considerado “normal”. Afirmo, reafirmo e confirmo a minha premissa, “sempre disse que ela era gira, nunca disse que era inteligente”.
Os meus sapatos continuam a ser a minha coroa de gloria, e continuo a ser capaz de ler revistas como a "Caras" durante horas!
Adoro usar belos chapéus, sou gaja até ao tutano, fútil sempre que a tal me posso dar ao luxo, e espero daqui a 2 anos ganhar o euromilhões, acabar o curso.
Ser dondoca sempre foi o meu sonho de criança e mantenho a minha esperança!
(isto tudo para dizer, sim, correu bem, está feito!)
Buraco negro imenso, maior que o centrão da nossa galáxia leitosa, para onde é sugado todo o conhecimento, adquirido à força da queima de pestanas...Esses belos elementos pratico/decorativos que sobre os olhos nascem enformando-os.
É fulminante! Completamente impossível de recuperar o conhecimento que vai, desfeito em partículas sub-atomicas, consumido em sofrimento pelo belo vazio intelectual!
É assim que em lamurias imensas, recorrendo às poderosas contraforças do esquecimento tentamos salva-lo, esse precioso saber imenso, ou ínfimo, o que seja, do devorador negrume violento do imenso buraco central do cérebro em esforço.
Salva-se então apenas o periférico, o indirecto, aqueles complementos locais do que devia ser um enorme conhecimento central...e claro o bom senso...
Ser salvo, in extremis, do meio um coice de hormonas poderoso, de revolução interior acoitada pelo medo, pela raiva de estar perdido, pelo desespero profundo, já em quebra, por uma voz que se eleva...”Pense...Faz todo o sentido”. É delicioso meus amigos ;)
E pronto, mas para quem se preocupa com o meu estado mental, que meus caro sejamos honestos, está bem longe do considerado “normal”. Afirmo, reafirmo e confirmo a minha premissa, “sempre disse que ela era gira, nunca disse que era inteligente”.
Os meus sapatos continuam a ser a minha coroa de gloria, e continuo a ser capaz de ler revistas como a "Caras" durante horas!
Adoro usar belos chapéus, sou gaja até ao tutano, fútil sempre que a tal me posso dar ao luxo, e espero daqui a 2 anos ganhar o euromilhões, acabar o curso.
Ser dondoca sempre foi o meu sonho de criança e mantenho a minha esperança!
(isto tudo para dizer, sim, correu bem, está feito!)
quarta-feira, 11 de março de 2009
Monologo a dois.
- Já escrevias qualquer coisinha por aqui, não?....
- Gostava. Mas preparo-me para desiludir alguém que, a meu ver, teve mais confiança em mim do que aquela que sou merecedora...( em tom lamuriosamente arrastado)
- Ai sim?
- Pois, acontece-me volta e meia, quando as pessoas vêm em mim capacidades que não tenho. Fico triste quando isso acontece, não gosto de desiludir quem respeito.
- És uma vitima... (em tom jocoso)
- Não! Vitima não sou, não sou é lá muito inteligente. (profundo suspiro)
- A continuar assim vais longe, vais sim senhor. Mas que conversa mais idiota.
- Idiota mas verdadeira!
- Está bem, se é assim que pensas...
- Até já.
- Até já
- Gostava. Mas preparo-me para desiludir alguém que, a meu ver, teve mais confiança em mim do que aquela que sou merecedora...( em tom lamuriosamente arrastado)
- Ai sim?
- Pois, acontece-me volta e meia, quando as pessoas vêm em mim capacidades que não tenho. Fico triste quando isso acontece, não gosto de desiludir quem respeito.
- És uma vitima... (em tom jocoso)
- Não! Vitima não sou, não sou é lá muito inteligente. (profundo suspiro)
- A continuar assim vais longe, vais sim senhor. Mas que conversa mais idiota.
- Idiota mas verdadeira!
- Está bem, se é assim que pensas...
- Até já.
- Até já
terça-feira, 3 de março de 2009
O Empalador
Chega o pobre politico poderoso ao inferno...
Pensava ele que inferno havia apenas um,
E com o dono desse fizera faz tempo um pacto,
Que lhe garantia um cantinho fresco e moderno
No Empreendimento último grito, de Nosferatu.
Quando ele em frente olha, já com a mão estendida,
De frente encontra, sorriso enorme e cara comprida,
Outro que não aquele com quem acordou mordomia.
Em pânico puro se lhe encolhem os músculos! Pavor
Descontrolado! Horror, perante aquele demónio aperaltado
De asas em coberto do corpo tremendo e sorriso tramado!
Em tom claramente irritante, e carregado de ironia desconcertante
Fala-lhe do alto do monte de ossos, o Empalador de mortos:
- Se da morte já não tinhas medo meu senhor,
- Terás muito medo agora, puro pavor...
- Então senhor? Já em cólicas vos dobrais?
- Em desnobres desprendimentos intestinais?
- Devia ter o senhor pensado em vida talvez
- que depois da morte se paga o que se fez...
- E que toda essa pose e pedantismo intelectual
- Tem por hábito acabar incrivelmente mal!
- Pois não sou o anjo que esperavas?
- Nem o demónio com que secretamente contavas?
- Não, não sou, meu caro senhor Engenheiro,
- Ou se mais lhe aprouver, Doutor.
- Olhai senhor meu, baixo de meus pés
- Quantos e quantos Doutores e Arquitectos até!
- Aqui de nada lhe serve o lugar de poder, o titulo,
- Nem consegue esconder corrupção, fechando o capitulo.
- Aqui meu senhor tudo, mas tudo é contável
- E por isso aqui o recebo, com meu sorriso agradável!
- E para quem não sabe, mas vai a tempo ainda de saber,
- Ser honrado na vida, pode ajudar....a não me conhecer...
- E como bem pode o senhor observar,
- Há mais que um demónio e nem todos se podem comprar.
Pensava ele que inferno havia apenas um,
E com o dono desse fizera faz tempo um pacto,
Que lhe garantia um cantinho fresco e moderno
No Empreendimento último grito, de Nosferatu.
Quando ele em frente olha, já com a mão estendida,
De frente encontra, sorriso enorme e cara comprida,
Outro que não aquele com quem acordou mordomia.
Em pânico puro se lhe encolhem os músculos! Pavor
Descontrolado! Horror, perante aquele demónio aperaltado
De asas em coberto do corpo tremendo e sorriso tramado!
Em tom claramente irritante, e carregado de ironia desconcertante
Fala-lhe do alto do monte de ossos, o Empalador de mortos:
- Se da morte já não tinhas medo meu senhor,
- Terás muito medo agora, puro pavor...
- Então senhor? Já em cólicas vos dobrais?
- Em desnobres desprendimentos intestinais?
- Devia ter o senhor pensado em vida talvez
- que depois da morte se paga o que se fez...
- E que toda essa pose e pedantismo intelectual
- Tem por hábito acabar incrivelmente mal!
- Pois não sou o anjo que esperavas?
- Nem o demónio com que secretamente contavas?
- Não, não sou, meu caro senhor Engenheiro,
- Ou se mais lhe aprouver, Doutor.
- Olhai senhor meu, baixo de meus pés
- Quantos e quantos Doutores e Arquitectos até!
- Aqui de nada lhe serve o lugar de poder, o titulo,
- Nem consegue esconder corrupção, fechando o capitulo.
- Aqui meu senhor tudo, mas tudo é contável
- E por isso aqui o recebo, com meu sorriso agradável!
- E para quem não sabe, mas vai a tempo ainda de saber,
- Ser honrado na vida, pode ajudar....a não me conhecer...
- E como bem pode o senhor observar,
- Há mais que um demónio e nem todos se podem comprar.
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