quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Desastre sapatologico

ROUBARAM-ME OS MEUS SAPATINHOS NOVOS!!

É verdade.
Hoje vieram num saco com mais 3 pares. Os mais velhos para trocar as capas dos saltos e os novos para por na forma porque me apertavam um bocadinho de lado.
Fui tomar o meu café matinal e, porque sou uma cabeça de alho chocho (Cabeça de abobora já existe uma) esqueci-me do saco no café.
Café que não é muito bem frequentado dado a proximidade do bairro das murtas.
Resultado quando dei por falta do saco corri desesperada para o café.
O saco estava lá, os três pares de sapatos para arranjar também, mas os meus meninos lindos (não são manolos mas são mango, o que não é a mesma coisa mas podia ser) tinham sido fanados por uma qualquer moradora do dito bairro infernal...
Fiquei tristissima, arrasada e furiosa, imaginar os meus sapatinhos lindos em uns pés sujo e desaranjados... É um desastre, o verdadeiro desastre sapatologico!!

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Mais Sapatinhos



Ora aqui está mais um post para quem gosta de sapatinhos, como eu.
Mais uns da minha vasta (não tão vasta como eu gostaria) colecção de sapatos

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Há coisas fantasticas não há

Um(a) senhor(a) que assina anonimo deixou este comentário.
Como foi num post antigo (curiosamente)e como tal já ninguem ia ver, resolvi dar-lhe o merecido destaque.

"Deves ser é doente... Deixa-te chegar ao mundo do trabalho, que a loucura passa-te depressa... Em alternativa podes sempre ir para o Julio de Matos, mas dado que dás despesa ao Estado, pensa numa forma de aliviares a carga fisca que cai em cima de quem trabalha e torna-te útil!"

Há coisas fantasticas não há?

Até há pessoas que perdem tempo a procurar na internet pessoas para ofender!!

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Conto (este é o inicio e o titulo)

"Crime passional"

Não sei quanto tempo demorou até voltar a realidade, nem sei onde andou a minha cabeça durante aqueles minutos ou horas ou segundos em que não me consegui mexer.
A lareira já não ardia e o frio, soando como a campainha do mais profundo buraco da minha loucura, acordou-me. Que terríveis dores no corpo, cada fibra dos meus músculos doía, cada inspiração...Que dor, mas que dor!!!!!!!!!!
O sol começava querer despontar, embora as terríveis nuvens negras da tempestade da noite passada o barrassem, como uma enorme mesa negra no horizonte, mesmo assim o céu enchia-se de cores estranhas, de azuis desconhecidos. Cores que nunca tinha visto, vinham de trás da minha perturbada razão, eram cores de morte, de ódio e do mais terrível e profundo sentimento de adoração.
Lá estavas tu estendido em frente ao sofá, branco, lívido, lindo, parecias dormir. Naquele momento vi claramente toda a tua alma, todo tu brilhavas, ali estava, claro como água tudo aquilo que nunca tinha conseguido ver, e era um grito de beleza inimaginável. Sublime, até na morte!
Como é sexy o cabrão!
Talvez estivesse mesmo a dormir, era bem possível, mas não me atrevi a tocar-lhe. Talvez tivesse sonhado tudo aquilo.
Mas e aqueles vermelhos na carpete? Não, aquela mancha gritava comigo como um coro inteiro, não foi sonho, foi uma promessa inconsciente que fiz há um tempo a trás, cumprida por fim.
-Porra o que é que eu fiz!!??

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Conto (mais um bocadinho)

parte 4 - Ala Psiquiátrica

Esperei meses aterrorizada, pois ouvi dizer que tinhas escapado às facadas no peito.
Primeiro tive vontade de rir, de rir descontroladamente, depois chorei durante horas e por fim fiquei gelada com a ideia de ir presa.
No meio dos gessos, de 2 parafusos na perna, uma placa de metal para tapar o buraco no meu crânio, e das batas brancas, dos estetoscópios e diagnósticos reservados, durante a longa recuperação, das fisioterapias e psicoterapias e todas as terapias inventadas até hoje, fui saindo do buraco devagarinho, Mas nos primeiros meses a ideia de me denunciares seguia-me para todo o lado. Desconfiava das enfermeiras, dos médicos e até das minhas pobres amigas, que me descobriram inerte numa cama articulada do hospital central. Sem vida nos olhos mas com o coração a bater.
Foram elas que me deram a noticia de que estavas vivo. Insistiram comigo para que lhes contasse o que se tinha passado. Mas não fui capaz de responder.
Fiz rodeios, chorei, disse que não sabia, mas não abri a minha boca.
-Raios, já disse que não faço ideia!!!
Revoltei-me com elas.
-Estou farta deste interrogatório, deixem-me em paz!!
Os médicos tinham medo que eu fosse suicida, mandaram-me para uma unidade especial, com direito a psiquiatra e vigia 24 horas por dia.
Até que, passado uns meses a policia entra pela ala psiquiátrica a dentro.
Fiquei sem fala, tremeram-me as pernas, fiz um ar meio tresloucado, um ar demente e preparei-me para o embate da pergunta...
(continua)

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Talking dogs

Absolutamente hilariante
É, a minha cadela é muito mais gira que qualquer um destes mas por outro lado é um bocadito loira demais para estas habilidades!!

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Repartição

Por causa do trabalho ando a passar demasiado tempo na repartição de finanças

Estava a pensar em algo para escrever, mas não me ocorre nada.
Apenas pequenas ruas de pensamento fechadas.
Pensava, sentada na cadeira de pano azul da repartição, não ser normal pensamentos que não dão em nada.
Mas depois pensei, pensar na repartição das finanças é contraproducente, devido ao estado de espírito subjacente a um lugar tão deprimente.
Estava a tentar pensar em algo para escrever, podia ser que assim não me desse para adormecer, sentada na cadeira de pano azul da repartição, armada de senha na mão, sem nada para fazer.
Infelizmente continua a não me ocorrer nada, continuo aqui parada, com os pensamentos em beco, em branco continuo sentada.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Una furtiva Lagrima - Pavarotti

Morre um homem verdadeiramwnte dotado, genial, uma voz sem limites

Conto II

O primeiro post era o inicio da segunda parte do conto.
Esta é o inicio da terceira parte.
Aceito criticas (desde que não muito violentas) e todo o tipo de sugestões:)

"Destilado 3 vezes, para seu total prazer"


Sobre o negro do balcão luzia o amarelo fogo cristalino do whisky sem gelo.
Sem gelo para não disfarçar o sabor intenso, imenso e dengoso do licor destilado 3 vezes e envelhecido em carvalho Irlandês daquele fenomenal.
Os dedos brincavam de volta da boca do copo desenhando círculos, entretidos com a consistência do vidro, fazendo-o vibrar como o corpo de uma mulher enamorada.
Sabia que nunca mais a veria, mas continuava a voltar ali, todos os dias, com a vaga esperança que ela aparecesse de repente, tal como aparecera a 1ª vez.
A sua expressão denunciava a aflição em que estava, olhando em redor com olhos assustadiços.
O Whisky descia devagar pela garganta aumentando o fogo que o consumia, sabia-lhe bem no entanto, deixava-o ainda mais bêbado, mais bêbado do que ficara no dia em que a vira.
Nunca tinha pensado ser possível, mas era um homem rendido a uma mulher sem nunca lhe ter tocado, sem nunca ter ouvido a sua voz, sem sequer saber o seu nome.
Agora estava ali, pateticamente à espera de a ver por entre aquele emaranhado de caras e corpos pouco interessantes, de sons estridentes e sorrisos mesquinhos, esperando vislumbrar aquilo que ele achava ter visto, sim porque fora tão rápido que ele próprio não sabia se era verdadeiro ou se o whisky lhe tinha subido á cabeça.
-“Destilado 3 vezes para seu total prazer” – Murmurou.
(continua)

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Louca.

Vivo de olhos abertos, caminhando á beira do penhasco, sou louca e vivo loucamente.
Furiosamente enlouquecida pela beleza que me cerca a vida, caminho sobre as pedras afiadas e não sinto nada.
E se sentisse não o diria, porque sou feliz assim.
- É louca - dizem – Sou louca – Respondo, sou feliz.
É, sou feliz assim, com a minha loucura, tenho os pés sangrando, a alma espiando mil pecados, o corpo a cair aos bocados, mas o coração, o meu coração bate forte.
Porque será que amo viver?
Porque sou louca, só pode ser.....

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Fim do Verão


As copas verdes pelo verão queimadas, são de súbito agitadas por uma aragem outonal.
Os passarinhos insuflam as penas, enrolam-se no ninho, procurando guardar o calor junto ao corpo pequenino.
Depressa as arvores se alinham, compondo as folhas direitas. Não foi nada, foi apenas um fio de cabelo de Outono no meio da cabeleira de Verão farta.
Muitos, longos dias quentes ainda se enrolam nos canudos grossos do estio. Os mergulhos da água fria dos miúdos, a língua rosa do cão.
Ainda não é desta não, que chegam as folhas acobreadas, o cheiro a castanhas assadas e a manta nos joelhos ao serão.

Fotografia by Allanah

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Meiguice


Não tem razão nenhuma de ser...Por aqui esta fotografia.
É só porque são um doce estes dois.
A corajosa Matilde e o gigantesco Bagulho.
Ou Talvez tenha saudades deles e de Paços....