sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Solidão by B.K



Mais uma perspectiva sobre a solidão...

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

A solidão By Joaninha

Ele era uma carta escrita à pressa em papel de recado, ela tornou-se esquecimento no papel amarfanhado.

Ele seguiu a sua vida, a dela ficou parada. Sentada na varanda, com as mãos coladas à sacada, os olhos profundos presos no décimo andar do prédio em frente.

O tempo começou de passar, lesto, no género gelado do vento em dias de invernia serena, com o sol em luz plena que não aquece.

Ali ficou, por horas, que foram meses. Foram anos, que enfrentou como séculos, que mais pareciam milénios.

Nas juntas da tijoleira nasceram ervas pequenas, daninhas, danadas. Hera começou de se lhe enrolar nos pés, mas ela nada. A natureza acabou cobrindo-a toda, na sua pujança completamente indesejada, dando-lhe os tons alegres de verde e de rosas, em contraste com a sua cara agonizante.

A hera assim como nasceu, murchou, a erva ainda antes de secar deu para rebentar em árvores, que deram frutos, que deram árvores, num ciclo que foi passando até que se findou.

Depois veio o dilúvio, e de seguida o dilúvio foi. Ela sentada em silêncio, a cara transtornada, como uma condenada, não se mexeu. De seguida sol inchou, contorceu-se como uma grávida e finalmente rebentou, dando à luz uma nuvem enorme de dor...O mundo acabou.

O sossego era medonho, no vácuo negro a existência não existia.

Ela, na varanda, com as mãos presas à sacada, incapaz de enfrentar o vazio, aquela dor varada, aquele não.

Até que um dia, muitos dias, muitos anos, mesmo séculos que para ela foram milénios, aconteceu chover. Uma gota desgovernada caiu em cheio na sua cara. Uma só que, sozinha, escorria céu a baixo, sob o peso do seu miserável isolamento, tocou-lhe a pele e...O olho dela piscou.

A pequena gota então acariciou-lhe a face, num toque cúmplice e o seu toque produziu um som. Foi o ribombar da esperança, barulho violento que resulta do choque de solidões.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Evanescence- Solitude

Um novo tema...A solidão aqui descrita pelos Evanescence numa musica genial.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

O Medo by José Maria CC

SOBRE O MEDO

Medo tem

quem do fim do mundo

vem

ou, quem

do fim se aproxima

e não se anima

a ir além


Lisboa 2010/ 02 / 09


De medo nos servem

caldos de submissão


Por medo nos lançámos

ao mar obscuro

com medo aportámos

mundos desconhecidos

e matámos.

De medo nos tecem

tecidos de vida sem rumo


Por medo arriscamos tudo

Com medo nos damos

no sem medo de amar

By José Maria CC - Vulgo Pai!

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

O Medo by B.K.

Uma brilhante interpretação do medo. By Bruno Krippahl.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Arthur Rubinstein - Rachmaninoff Piano Concerto No.2 II(2/2)

É magnifico...O Pianista, o concerto todo, quem não conhece aconcelho vivamente...
O concerto é brilhante, está no limite até onde se poder levar o romantismo, mais uma nota e seria piroso...Como não tem essa nota a mais é magnifico.
Quanto ao Arthur, nada a dizer, genial!