quarta-feira, 30 de abril de 2008

Whitney Houston - One Moment In Time (Grammy Awards Live)

Podemos não gostar das musicas, fracamente não gosto de quase nenhuma, mas uma coisa é inegavel, a mulher tinha uma voz suberba, uma técnica de canto primorosa, foi realmente uma pena a degradação.
E o genio é tal que quase parece facil cantar assim

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Uma queda!



Tal como Prometido ao senhor implume, aqui está a queda em grande estilo ;)
Só agora é que tive acesso às fotografias...

quarta-feira, 23 de abril de 2008

O mar portugues.

Dias e dias correndo no rio que rebola devagar espetando as águas de encontro a um mar que as recebe com um pouco de indiferença embora isso o alegre. Rebolam tediosos, arrastando-se pelo leito lamacento, arrastando as mesmas e exactas horas, numa enfadonha repetição de movimentos ondulatórios, cansativos, sem qualquer momento inspirado ou inspirador acabando no mar de um tempo que em breve será memoria da memoria no meio do esquecimento.
Um dia os dias rebolarão de forma diferente creio, e o mar ficará contente acredito, recebendo dias impolutos nas suas águas poluídas por dias e dias e dias repetidos em cada momento. Glorioso será o primeiro dia em que as horas não se repetem e os movimentos são frescos, novos, cheios de agua límpida e gélida, acordando o mar da sua morna alegria indiferente. Viver será daí para a frente, com o mar atirando água em monumentais ondas em toda a sua majestade de ser um mar de dias de gente que merece ser memoria não da memoria do esquecimento, mas da história.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Miguel Cervantes - D.quixote

Pablo Picasso

Miguel de Cervantes

(Alcalá de Henares, 1547 - Madrid, 1616)

Escritor espanhol. É filho de um modesto cirurgião. De formação autodidáctica, aos vinte e três anos é soldado em Itália; toma parte na Batalha de Lepanto, na qual perde uma mão (1571). Em 1585 publica a sua primeira obra, La Galatea, romance pastoril. Em 1605 publica a primeira parte de O Engenhoso Fidalgo Dom Quixote de la Mancha, sendo imediato o seu êxito literário. Os últimos anos da sua vida são caracterizados por uma intensa produção criativa: Novelas Exemplares, Viaje del Parnaso, a segunda parte de Dom Quixote, Ocho comedias y ocho entremeses, e um romance de aventuras em que trabalha até à morte — La historia de los trabajos de Persiles y Sigismunda. Em Miguel de Cervantes, representante máximo das Letras de língua castelhana, confluem todos os géneros novelescos até então cultivados: o picaresco, o pastoril, o mourisco e o cavalheiresco. Como poeta, cultiva quer a poesia italianizante quer a tradicional. A sua obra principal neste domínio encontra-se nos sonetos e, particularmente, em Al túmulo del rey Felipe en Sevilla. Como autor dramático, destaca-se pelo tom humorístico de pequenas peças como El retablo de las maravillas ou La cueva de Salamanca. Deve referir-se também a sua tragédia Comedia del cerco de Numancia, que só é publicada em 1784, sendo hoje considerada uma das melhores tragédias escritas em castelhano. (biografia tirada da internet)

Neste caso não é o fascínio por toda a sua obra, mas pelo simples facto de ser autor de um dos melhores livros que alguma vez foi escrito.
Eu li picada pela seguinte frase: “Se ainda não leste o D. Quixote ainda não leste nada”, não digo quem me picou, mas é meu tio ;)
Não estou aqui para picar ninguém, longe de mim, mas se ainda não leram....leiam!




sexta-feira, 18 de abril de 2008

Oscar Wilde.

É um dos meus escritores preferidos e hoje, não sei porque deu-me para isto. Apresento pois o senhor com uma pequena biografia sacadinha do seguinte site: www.citador.pt

Oscar Wilde nasceu em 16 de outubro de 1854 em Dublin, Irlanda. Era filho de William Robert Wilde, cirurgião-oculista que servia a rainha, e de Jane Speranza Francesca Wilde, que escrevia versos irlandeses patrióticos com o pseudónimo de Speranza. Foi educado no Trinity College, em Dublin, e mais tarde em Oxford.

Foi para Londres em 1879, para estabelecer-se como líder do "movimento estético". Em 1881 é publicada uma colectânea de seus poemas. Casa-se em 1884 com a bela Constance Lloyd. Alguns anos mais tarde, começa a ser amplamente reconhecido.

Com a publicação de Retrato de Dorian Gray, começa a sua verdadeira carreira literária . A sua vida privada, no entanto, não fica imune diante das regras estritas do conservadorismo vitoriano, quando passa a viver a vida ambígua de homossexual e homem casado. À medida que sua carreira floresce, o risco de um escândalo torna-se cada vez maior.

Oscar Wilde começa a negligenciar a esposa e os filhos. O seu sucesso continua com A Woman of no Importance (1893) e Salomé (1893). Como a homossexualidade era por si só ilegal, Wilde acaba por ser preso e condenado a cumprir dois anos de trabalhos forçados. As condições calamitosas da prisão causam-lhe uma série de doenças que o leva às portas da morte. Nesse ínterim, ainda, é declarada a sua falência. Constance deixa o país com os filhos e muda o nome de família.

Libertado em 1897, Wilde tenta atender aos desejos de Constance e envia ao amante, cujo pai o levara à cadeia, uma carta épica profundamente emocionante: De Profundis. Deixa a Inglaterra e vai para a França, onde assume o nome "Sebastian", como o santo. Morre arruinado em 30 de novembro de 1900. Hoje pode-se ver um monumento no seu túmulo do cemitério Pere Lachaise, em Paris.

Deixo uma citações das milhares que rolam ai pela net,


"I choose my friends for their good looks, my acquaintances for their good characters, and my enemies for their good intellects. A man cannot be too careful in the choice of his enemies."
Oscar Wilde (1854 - 1900), The Picture of Dorian Gray, 1891

What is a cynic? A man who knows the price of everything and the value of nothing.
Oscar Wilde (1854 - 1900), Lady Windermere's Fan, 1892, Act III

The reason we all like to think so well of others is that we are all afraid for ourselves. The basis of optimism is sheer terror.
Oscar Wilde (1854 - 1900), The Picture of Dorian Gray, 1891
E por fim aconcelho vivamente, The Picture of Dorian Gray (leiam em ingles por é milhões de vezes melhor) e The importance of being Earnest.
Este ultimo feito filme, saiu bem ;)

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Manuel aborrecido ;)

Ele, resmungado no caminho poeirento
vai arrastando os pés no pó quieto e sossegado,
Elevando os pequenos grãos aos vento,
Levantando nuvens de poeira no ar parado.


Chuta em profundo aborrecimento
As pedras no meio do caminho empoeirado.
Num gesto de descontentamento
Profundamente descontente e chateado.

Manuel vai assim caminhado na sua estrada,
Frustrado com o tão patético e parado acontecimento.
Manuel acha que a vida uma grande maçada.
Acha que viver é muito chato, um verdadeiro tormento

Mas o Manuel, pobre rapaz, não sabe nada!

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Sereno


Dizes-me com uns olhos traçados de algo que quase se pode chamar serenidade.
- Não vale a pena, nunca vale a pena.
Olho-te com os olhos com traços nítidos de ódio.
- Vale sim!
- Não – Respondes com esses teus gestos serenos que me irritam quando estou nervosa. – Nunca vale a pena!
- Não me venhas com isso, não me venhas com soluções pensadas, não me venhas com soluções cheias de equilíbrio, cheias de calma e serenidade, cheias de sabedoria.
Ficas com aquele sorriso deliciado que sempre fazes perante a minha completa incapacidade de governar os meus sentimentos. Já sei que te diverte o meu desgoverno, mas agora não, agora peço-te que te descontroles comigo.
Levantas-te do sofá e sentas-te ao meu lado, olhando-me sem tremuras nem tremores, as tuas mãos tremem apenas ao ritmo alucinado das minhas.
- Não posso, não posso nem tão pouco quero racionalizar nada disto!
-Não racionalizes então, mas deixa que o tempo o faça por ti, talvez seja mais fácil assim.
- Não – Dizes de novo em tom sapiente, quase como sentença.
- Olha para mim - peço-te – Achas justo?
Os teus olhos traçam de cor diferente por um segundo, mas por um segundo apenas.
- Não, mas não resolve nada meu bem.
Envolves-me os ombros com o teu braço com cabos de aço e músculos de tesos mas que me assentam como seda leve. Encostas-me a cabeça no teu peito.
- Chora meu bem, chora...
- Nem sei se consigo, não, não consigo, não é chorar que eu quero!
- Mas é chorar que deves.
Irrita-me a tua calma, mas sem ela eu seria um canhão descontrolado. Calo-me, ouço o bater leve do teu coração dentro do meu ouvido.
Eu sei bem o quanto te dói, a ti também, no entanto tu nunca foste desgovernado de emoções.
Fazes-me festas doces no cabelo, com a tua enorme mão calma e pesarosa. Olhas-me e de repente, como se fosse um cisco invisível, lá está, lá está ele glorioso ardendo devagar mas consistente, aceso para sempre.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Humanidade?

Perguntavam numa serie um dia, a propósito de um homem bom, que depois de assaltado, esmurrado, humilhado e depois de lhe violarem e matarem a noiva rebenta numa raiva assassina, matando de forma cruel e indescritivelmente dura aqueles que lhe roubaram a inocência.
- Será que todos nós somos capazes de nos transformar assim?
Querem mesmo a resposta?
Somos, todos, todos temos a capacidade de esquecer que somos humanos, de renunciar à nossa sanidade, de nos tornarmos animais, todos somos capazes da brutalidade, da crueldade, da inumanidade. No fundo somos todos bestas, bestas amarradas por convenções, por regras sociais, crenças religiosas, e pelo nosso lado mais crente na humanidade que como nós foi amarrada pelas mesmas convenções.
Há aqueles que não têm amarras, há aqueles que não são humanos e para quem a inumanidade é a normalidade.
A questão que ponho é: Mas quem é realmente mais perigoso?
Aquele que nunca teve amarras, ou aquele que as rebenta?

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Graça.

No palácio mor, perto do grande rio, rio maior de todos, a Graça pequenina, graciosamente feminina, espreita da janela pela manhã, agraciando o mundo acabado de acordar com olhos cor avelã. Agradece com a sua serena graça, os jardins, as fontes, a praça e toda a criatura que por ela passa.
A Graça, graciosamente pequenina na sua forma feminina, olha pela janela ao fim da tarde, vê o enorme rio e o sol que já pouco arde, agraciando o mundo acabado de se deitar. Agradece com a sua serena graça os jardins, as flores, a praça e toda a criatura que por ela passa.
A Graça graciosamente feminina, na sua enorme grandiosidade agradece, à medida que o sol desce.
A Graça, graciosamente olha para as estrelas, deleita-se na graça de vê-las. Pela janela do palácio mor, perto do grande rio gracioso, agradece com a graça de um coração generoso.
A graciosa Graça pequenina á janela, olhando com ternura o mundo, e o mundo olhando agradecido para ela.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Kingdom Hearts: The Queen and The Soldier

A mana Alannah escolheu como uma das melhores musicas de sempre.
Adoro a musica, mas mais do que isso.
Contar uma história bem é dificil, canta-la assim é magistral.
Fica a letra para não perderem nada.

The soldier came knocking upon the queen's door
He said, "I am not fighting for you any more"
The queen knew she'd seen his face someplace before
And slowly she let him inside.


He said, "I've watched your palace up here on the hill
And I've wondered who's the woman for whom we all kill
But I am leaving tomorrow and you can do what you will
Only first I am asking you why."


Down in the long narrow hall he was led
Into her rooms with her tapestries red
And she never once took the crown from her head
She asked him there to sit down.


He said, "I see you now, and you are so very young
But I've seen more battles lost than I have battles won
And I've got this intuition, says it's all for your fun
And now will you tell me why?"


The young queen, she fixed him with an arrogant eye
She said, "You won't understand, and you may as well not try"
But her face was a child's, and he thought she would cry
But she closed herself up like a fan.


And she said, "I've swallowed a secret burning thread
It cuts me inside, and often I've bled"
He laid his hand then on top of her head
And he bowed her down to the ground.


"Tell me how hungry are you? How weak you must feel
As you are living here alone, and you are never revealed
But I won't march again on your battlefield"
And he took her to the window to see.


And the sun, it was gold, though the sky, it was gray
And she wanted more than she ever could say
But she knew how it frightened her, and she turned away
And would not look at his face again.


And he said, "I want to live as an honest man
To get all I deserve and to give all I can
And to love a young woman who I don't understand
Your highness, your ways are very strange."


But the crown, it had fallen, and she thought she would break
And she stood there, ashamed of the way her heart ached
She took him to the doorstep and she asked him to wait
She would only be a moment inside.


Out in the distance her order was heard
And the soldier was killed, still waiting for her word
And while the queen went on strangeling in the solitude she preferred
The battle continued on

terça-feira, 1 de abril de 2008

Adeus


O sol desmaiou sem cor atrás de um mar verde esbatido
Ele olhou-a pela última vez, com o seu coração partido.

-Meu amor não sei se te posso deixar ir.
Mas ela não respondeu.

O mar perdeu o seu esbatido de verde que ainda se via.
Ela olhou-o suave por cima do ombro, era o fim ele sabia

A noite caiu preta de carvão, com as estrelas em choro veladas.
Ele procurava por entre gavetas e armários o cheiro da sua amada.

-É que amor o céu azul iluminou-se naquela fracção de segundo.
-No momento do fecho dos teus olhos, iluminou-se todo mundo.

-Ainda hoje te procuro, quando o sol desmaia daquela maneira
-Ainda hoje te procuro quando o verde do mar se esbate na areia
-Ainda hoje te procuro e procurar-te-ei, meu amor, a vida inteira.

-Porque não me levanto do teu colo, malditas as lágrimas que choro,
-Porque nem sei onde fica o norte, não sei de mim, nem onde moro.

-E é só por isso ainda hoje corro pela praia deserta desvairado
-Certo que mais uns passos, só mais uns e estarás a meu lado.

-Mas não, o sol desmaia sem cor atrás de um verde esbatido
-O verde do mar apaga-se, a noite preta, e tu não estás comigo.